segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Medíocres distraídos

Quando li esse artigo da Luft Lya, não pude deixar de replicá-lo aqui. Simplesmente é a suma da verdade de nossos dias e os que nos falta a muito tempo.


Medíocres distraídos


Leio com tristeza sobre quanto países como a Coreia do Sul e outros estimulam o ensino básico, conseguem excelência em professores e escolas, ótimas universidades, num crescimento real, aquele no qual tudo se fundamenta: a educação, a informação, a formação de cada um. 

Comparados a isso, parecemos treinar para ser medíocres. Como indivíduos, habitantes deste Brasil, estamos conscientes disso, e queremos – ou vivemos sem saber quase nada? Não vale, para um povo, a desculpa do menino levado que tem a resposta pronta: “Eu não sabia”, “Não foi por querer”. Pois, mesmo com a educação – isto é, a informação – tão fraquinha e atrasada, temos a imprensa para nos informar.

A televisão não traz só telenovelas ou programas de auditório: documentários, reportagens, notícias, nos tornam mais gente: jornais não têm só coluna policial ou fofocas sobre celebridades, mas nos deixam a pare nos integram no que se passa no mundo, no país, na cidade.

Alienação é falta grave: omissão traz burrice, futilidade é um mal. Por omissos votamos errados ou nem votamos, por desinformados não conhecemos os nossos direitos, por fúteis não queremos lucidez, não sabemos da qualidade na escola do filho, da saúde de todo mundo, da segurança em nossas ruas. O real crescimento do país e o bem da população passam ao largo de nosso interesse. Certa vez escrevi um artigo que deu título a um livro: “Pensar é transgredir”. Inevitavelmente me perguntam: “Transgredir o que?”. Transgredir a ordem da mediocridade, o deixa pra lá, o nem quero saber nem me conte, que nos dá a ilusão de sermos livres e leves como na beira mar, pensamento flutuando, isso é que é vida. Será? Penso que não, porque todos, todos sem exceção, somos prejudicados pelo nosso próprio interesse.

Nosso país tem tamanhos problemas que não dá pra fingir que está tudo bem, que somos os tais, que somos modelos para os bobos europeus e americanos, que aqui está tudo funcionando bem e que até crescemos. Na realidade, estamos parados, continuamos burros, doentes e desamparados, ou muito menos burros e doentes e desamparados do que poderíamos estar. 

Já tivemos em situação pior? Claro que sim. Já tivemos escravidão, a mortalidade infantil era assustadora, os pobres sem assistência, nas ruas reinava a imundície, não havia atendimento algum aos necessitados (hoje há menos do que deveria, mas existe). Então, de certa forma, muita coisa melhorou. Mas poderíamos estar melhores, só que não parecemos interessados.

Queremos, aceitamos, pão e circo, a Copa, as Olimpíadas, a balada, o joguinho, o desconto, o prazo maior para nossas dívidas, o não saber de nada sério: a gente não quer se incomodar. Ou pior: nós temos a sensação de que não adianta mesmo.

Mas na verdade temos medo de sair às ruas, nossas casas e edifícios têm porteiro, guardas, alarmes e medo. Nossas escolas são fraquíssimas, as universidades são péssimas, e o propósito parece ser o de que isso ainda piore. Pois, em lugar de estimularmos os professores e melhorarmos imensamente a qualidade de ensino de nossas crianças, baixamos o nível das universidades, forçando por vários recursos a entrada dos mais desesperados, que naturalmente vão sofrer ao cair na realidade. Mas a esses mais sem base, porque fizeram uma escola péssima ou ruim, dizem que terão tutores no curso superior para poder se equilibrar e participar com todos. Porque nós não lhe demos condições positivas de fazer uma boa escola, para que pudessem chegar ao ensino superior pela própria capacidade, queremos band-aids ineficientes para fingir que está tudo bem.

Não se deve baixar o nível em coisa alguma, mas elevar o nível em tudo. Todos, de qualquer forma, origem, cor, nível cultural e econômico ou ambiente familiar, têm diretos à excelência que não lhe oferecemos, num dos maiores engados da nossa história. Não precisamos viver sob o melancólico império da mediocridade que parece fácil e inocente, mas trava nossas capacidades, abafa nossa lucidez, e nos deixa tão agradavelmente distraídos.

Luft Lya - Revista Veja (ed 2.298)

domingo, 25 de novembro de 2012

Quem Paga a Conta?


Toda sexta feira, você e seus 26 colegas de faculdade vão para um pequeno boteco tomar cerveja.

Dentro do espírito de igualdade, fraternidade e solidariedade, todos dividem a conta igualmente.

Passa a ser costume, uma tradição, um valor compartilhado, parte da ética do grupo.

Um dia porém, dois de seus colegas afirmando não gostar mais de cerveja decidem pedir vinho, mas dentro do espírito de solidariedade, fraternidade e igualdade já estabelecido, todos dividem a conta.

Algumas semanas depois, já são quatro colegas pedindo vinho, ninguém reclama, mas você comeca a perceber que está dando uma de trouxa.

Na próxima vez você decide que irá pedir vinho também, dentro do tal princípio de isonomia, fraternidade e igualdade.

Depois de umas 12 semanas, todo mundo está pedindo vinho.Depois de 48 semanas todos estão pedindo vinho francês, depois de 96 semanas, um pede UM Romanée-Conti.

Na vida real, provavelmente você teria há muito tempo mudado de turma. Mas como você muda de país?
Nosso sistema político que se chama de República de Estado, permite que pessoas em seu nome comprem cada vez mais com seu dinheiro.

Seu deputado precisa fazer leis e oferecer benefícios para seu eleitorado para ser reeleito.

Por isto, ele propõe uma série de benefícios como creches gratuitas, renda mínima, aposentadoria aos 50 anos, benefícios mil.

Os primeiros eleitores a conseguir uma vaga na creche ou se aposentar irão se beneficiar, em detrimento da maioria que paga a conta.

São aqueles que pediram vinho primeiro.

O deputado da cidade vizinha quer construir uma ponte para a cidade, obra que vai ser superfaturada e é totalmente desnecessária.

Nunca seria aprovada se dependesse do mérito do projeto. Só que a cidade vizinha propôs apoiar o projeto de creches gratuitas do seu deputado se você aprovar a construção da ponte superfaturada.
Como nenhum deputado irá pagar a conta, os impostos vão aumentando sem parar.

No início do século, o governo representava 3% do PIB e hoje representa 54% respectivamente, e é você que paga a conta.

A situação chegou a tal ponto que tivemos que criar uma lei de Responsabilidade Fiscal, onde é crime gastar mais do que se arrecada, o que deveria ser o óbvio ululante.

Nosso sistema político não recompensa a moderação de gastos.

Dividir a conta no boteco pode parecer um ato de fraternidade, mas ele traz uma semente de destruição.

A tentação de ser um Gerson e de tirar vantagem de seus colegas é sempre uma constante. Talvez você nem quisesse tomar cerveja naquele dia, e estivesse lá só pela companhia.

Infelizmente, o contrário nunca funciona. Se todos seus colegas pedirem vinho francês, e você for o único a pedir vinho nacional, depois de 48 semanas você continuará a ser o único a tomar vinho nacional.

Para que o modelo Social-Democrata funcione como se propõe, todo indivíduo, sem nenhuma exceção, tem de se comportar moderamente "com ética socialista", nunca consumindo nada diferente do resto da patota.

Nem um chopp nem um palito a mais, somente o que o Partido mandar, por solidariedade e justiça.

Por isto, socialismo escamba rapidamente em ditadura, como ocorreu em países como a União Soviética e ainda ocorre em Cuba e na China, para que ninguém saia pedindo vinho fora de ordem.

Quem abraça o socialismo acaba tendo de abraçar a ditadura, pelo menos a ditadura dos costumes fraternos, um enorme contrasenso.

Tente pedir vinho na Venezuela ou em Cuba e veja o que acontece.

Nos países onde a previdência é um assunto privado, a maioria opta por planos que oferecem 70% do último salário, e que exigem uma contribuição 30% menor ao longo de toda a vida.

No Brasil, onde a previdência é pública e onde ninguém paga a sua própria conta, o Estado paga 110% do
seu último salário, e quem paga é você contribuinte.

O mundo moderno já percebeu que somente se consegue moderação quando cada um paga a sua conta, sem ditaduras nem partidos fortes e hegemônicos.

A doutrina política que combate esta visão de mundo sequer é ensinada nos cursos universitários que existem no Brasil, sequer é ensinada nas nossas universidades. Universidades onde os alunos não pagam a contas, os professores recebem do Estado e não dos alunos, e onde o contribuinte não escolhe o professor, só paga a conta.

Fonte: http://blog.kanitz.com.br/2012/11/-quem-paga-a-conta-.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+stephen_kanitz+%28Stephen+Kanitz+the+blog%29

sábado, 24 de novembro de 2012

[61] O Tao de Warren Buffett


"Regra 61: Parece haver uma característica humana perversa que gosta de tornar difícil o que é fácil."
Warren Buffett


Todos os grupos profissionais são, em ultima análise, uma conspiração contra os leigos. Somente quanto algo se torna difícil de entender existe a necessidade de especialistas, que cobram altas taxas por terem desvendado o mistério. Quando maior a complexidade, maios a necessidade de um especialista para ajudar a orientar você em meio à complexidade.

Wall Street vive de vender seus conhecimentos em escolher ações para você investir, daí o interesse velado de seus corretores em apresentar o jogo do investimento como complicadíssimo, além da compreensão de qualquer um, exceto dos profissionais mais astutos.

O esquema é simples: eles ficarão ricos com o trabalho de fazer você ficar rico, e o obrigam a viver voltado a eles porque o convenceram de que o jogo do investimento é complicado demais para ser entendido. Mas nunca ninguém pergunta porque cargas-d’águas, se eles são tão inteligentes, precisam do dinheiro dos outros pra enriquecer? Talvez precisem do seu dinheiro porque o objetivo real não é que você ganhe dinheiro com investimentos, e sim que eles ganhem dinheiro com as comissões que cobram de você no troca-troca dos investimentos. Como disse Wood Allen: “Um corretor de ações é alguém que investe o dinheiro dos outros até não sobrar mais nada.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

[55] O Tao de Warren Buffett


"Regra 55: Chega uma época em que você deveria começar a fazer o que gosta. Arranje um emprego que você adora. Você vai saltar da cama, de manhã, feliz. Acho uma loucura você viver aceitando empregos de que não gosta para valorizar o seu currículo. Isso não é um pouco como guardar o sexo para a velhice?"
Warren Buffett


Passar a vida acordando de manhã e indo para um emprego que você odeia, com pessoas que você não respeita, leva à frustração e ao descontentamento, que você traz do trabalho para casa e compartilha com sua família, que também fica insatisfeita.

Isso é claro, acaba infernizando a vida de todos que você ama, inclusive a sua. Bem melhor é achar um emprego que você adore. Aí você irá trabalhar com um sorriso no rosto, que poderá trazer de volta pra casa ao final do dia para compartilhar com seus entes queridos. E se você está preocupado com o dinheiro, lembre-se de que as pessoas que adoram o que fazem são aquelas que chegam ao topo em suas áreas e acabam ganhando mais, seja o imigrante russo pobre que não sabia ler mas adorava vender móveis ou o filho nerd de um balconista de mercearia com pendor para número e ações.

Faça o que você adora e o dinheiro virá. Essa regra funcionou para eles e funcionará pra você também.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

[44] O Tao de Warren Buffett


"Regra 44: Quanto mais inteligentes os jornalistas, melhor para a sociedade."
Warren Buffett


Obtemos da mídia as nossas informações para processar ideias de investimentos, o que significa que somos totalmente dependentes dos jornalistas para obter dados precisos e análises apropriadas do que está acontecendo. Você quer pessoas burras nos mantendo informados ou que pessoas inteligentes realizando o serviço?

Warren sempre defendeu a ideia de que, quanto melhor o professor, mais inteligente o grupo de estudantes. Desse modo, quanto mais inteligentes os jornalistas, mais inteligente a sociedade. As únicas pessoas que não querem uma sociedade mais inteligente são os mentirosos, os ladrões e os políticos que estiveram tentando esconder algo.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

[35] O Tao de Warren Buffett


"Regra 35: Procuro empresas que me dão a impressão de que posso prever como serão daqui a 10 ou 15 anos. Tomemos a goma de mascar Wrigley. Não creio que a internet mudará a maneira como as pessoas mascam chiclete."
Warren Buffett


Produtos estáveis equivalem a lucros estáveis. Se o produto não precisa mudar, você pode auferir todos os benefícios de não ter de gastar dinheiro em pesquisa e desenvolvimento nem se tornar vítima de altos e baixos da moda. Pense na cerveja, nos refrigerantes e os doces.

A Budweiser produz a mesma cerveja há mais de 100 anos, a Coca-Cola vende a mesma água mágica, adocicada e cor de caramelo, há mais de 100 anos, e a Whrigley produz a mesma goma de mascar há – adivinhou! – mais de 100 anos. Captou a tendência aqui? Você acha que consegue prever o que provavelmente essas empresas estarão vendendo daqui a 15 anos? Em caso positivo, quem sabe você se torna o próximo Warren Buffett?


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

[63] O Tao de Warren Buffett


"Regra 63: Não posso me envolver com 50 ou 75 empresas. Essa é uma forma de investir tipo Arca de Noé - você acaba ficando com um zoológico. Gosto de aplicar quantias significativas em umas poucas empresas."
Warren Buffett


Se você investir em 50 ações diferentes, sua atenção e sua capacidade de acompanhar os fundamentos econômicos de cada uma sofreriam fortes limitações. Você acabaria ficando com um zoológico onde nenhum dos animais receberia a atenção necessária. É como ser uma malabarista com bolas demais no ar. No final, não só uma mas todas acabam caindo.

Warren aplica quantias altas nos seus investimentos porque grandes ideias de investimentos costumam ser raras. Ele diz que você só precisa tomar poucas decisões certas para acabar enriquecendo, e que se você está tendo mais de uma ideia de investimento brilhante por ano, provavelmente está se iludindo.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 15 de setembro de 2012

[85] O Tao de Warren Buffett


"Regra 85: A maioria das empresas se interessa pelas ações quando todos estão interessados. A hora de se interessar é quando ninguém mais está interessado. Não é possível comprar o que é popular e se dar bem."
Warren Buffett


O investido sagaz evita as ações populares e a histeria em massa em torno delas, pois a popularidade dessas ações muitas vezes torna seu preço pra lá de excessivo. Se você quer investir em uma empresa, procure um período em que a empresa não seja popular – é aí que você obterá o melhor preço e o maior potencial de lucro. Por isso Warren adora um mercado em baixa. Ele está de olho em certas empresas maravilhosas que ele compraria sem pestanejar se pudesse fazer pelo preço certo. Na verdade, se você examinar a carteira da Berkshire, verá que todas as empresas das quais ele possui ações foram compradas durante uma queda do mercado ou numa época em que a empresa não era um investimento popular. Seuas ações da Washington Post Company, Coca-Cola, Disney, American Express, General Foods, Wells Fargo, Interpublic Group e GEICO foram todas compradas num mercado em baixa ou numa época em que a empresa era impopular entre o resto da comunidade de investimentos.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

[28] O Tao de Warren Buffett


"Regra 28: Gerenciar sua carreira é como investir - o grau de dificuldade não acrescenta nada. Portanto, você pode poupar dinheiro e sofrimento pegando o trem certo."
Warren Buffett


É preciso saber não apenas em qual tipo de empresa investir, mas em qual tipo trabalhar. Se alguém vai trabalhar para uma empresa com maus fundamentos econômicos de longo prazo, jamais poderá esperar grandes progressos, porque a empresa não progredirá. Os salários ficarão abaixo da média, os argumentos serão poucos e espaçados, e o risco de perder seu emprego será maior, porque a gerência estará sempre sob pressão para reduzir custos.

Mas se você trabalhar para uma empresa favorecida por ótimos fundamentos a longo prazo, a empresa estará nadando e dinheiro. Isso significa salários maiores e uma fartura de aumentos e promoções por um serviço bem-feito. Além disso, haverá bastante margem pra progredir na carreira, pois a administração procurará meios de gastar todo aquele dinheiro disponível.

Você deve trabalhar para uma empresa com altas margens e que ganhe rios de dinheiro. E se manter longe de empresas com baixas margens e que percam dinheiro. A primeira é uma viagem de trem na primeira classe para Shangrilá; a outra é uma viagem longa, lenta e desconfortável, num trem de carga, para o fim do mundo.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

[5] O Tao de Warren Buffett

"Regra 5: As grandes fortunas pessoais neste país não foram construídas com base numa carteira de 50 empresas. Foram construídas por alguém que identificou um negócio maravilhoso."
Warren Buffett


Se você fizer uma pesquisa sobre as famílias super-ricas nos Estados Unidos, constatará que, quase sem exceção, suas fortunas foram construídas com base num só negócio excepcional. A família Hearst ganhou seu dinheiro no jornalismo, a família Walton no varejo, a família Wrigley com gomas de mascar, a família Gates com software, e as famílias Coorps e Busch com cerveja. A lista não para, e quase sem exceção, sempre que se desviam daquele negócio maravilhoso que as fez espantosamente ricas, acabam perdendo dinheiro – como quando a Coca-Cola se aventurou no ramo cinematográfico. A chave do sucesso de

Warren é que ele foi capaz de identificar quais são as características econômicas exatas de um negócio maravilhoso: uma empresa com vantagem competitiva duradoura e que esteja gravada na mente do consumidor. Quando um americano pensa em loja de desconto, pensa na Wal-Mart; em cerveja gelada, pensa no Coors ou na Budweiser. Essa posição privilegiada cria o poderio econômico. Warren aprendeu que, às vezes, a miopia do mercado de ações subestima grosseiramente essas empresas maravilhosas, e, quando isso acontece, ele entra em cena e compra o máximo de ações que pode. A empresa de Warren, a Berkshine Hathaway, é uma coleção de alguns do melhores negócios dos Estados Unidos, todos eles super-rentáveis e comprados quando Wall Street os ignorava.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 18 de agosto de 2012

[15] O Tao de Warren Buffett

"Regra 15: Casar por dinheiro é provavelmente uma má ideia em qualquer circunstância, mas é uma loucura absurda se você já for rico."
Warren Buffett


As pessoas espertas sabem que, se você casar por dinheiro, terá que fazer jus a cada centavo. Portanto, se você já é rico, porque cargas-d’águas vai querer se esforçar tanto? É mais fácil casar por amor e ganhar o dinheiro depois. Foi o que Warren fez com sua esposa, Susie – eles encontraram o amor e depois foram fazer uma fortuna. Além disso, o casal que ganha dinheiro junto costuma ser o casal que permanece junto. E se não permanecer junto, pelo menos terá um monte de dinheiro pelo qual brigar.
(Warren se cala sobre a sabedoria do divórcio.)


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 11 de agosto de 2012

[87] O Tao de Warren Buffett

"Regra 87: O risco advém de você não saber o que está fazendo."
Warren Buffett



No jogo de comprar ações impopulares, se você não tem capacidade de avaliar os fundamentos econômicos de longo prazo da empresa, está se engajando num negócio arriscado. Você não saberá se pagou demais por ela até ser tarde demais. Entender em que você está investindo é o único meio de remover o risco.

Nas palavras de Warren: “Nunca compro nada a não ser que consiga escrever numa folha de papel meus motivos para compra. Posso estar errado, mas eu saberia a resposta para ‘Estou pagando US$ 32 bilhões hoje pela Coca-Cola Company porque...’. Se você não consegue responder essa pergunta, não deve comprar. Se consegue responder a esta pergunta, e o fizer algumas vezes, ganhará montes de dinheiro.” As perguntas nos levam a pensar, mas as respostas nos informam se devemos agir. O segredo não é tanto descobrir o investimento certo, mas saber se você encontrou a resposta certa à pergunta certa.



Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 4 de agosto de 2012

[57] O Tao de Warren Buffett

"Regra 57: Nunca pergunte ao um barbeiro se você está precisando de um corte de cabelo."
Warren Buffett

Pergunte a um consultor se existe  um problema e ele achará um problema – ainda que não exista nenhum. Warrem descobriu que isso se aplica a banqueiros de investimentos, consultores gerenciais, advogados, mecânicos de automóvel, firmas de conservação de jardins e similares. Pessoas pagas para resolver problemas sempre acharão algum para solucionar.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 28 de julho de 2012

[3] O Tao de Warren Buffett

"Regra 3: Nunca tenha medo de pedir demais ao vender e oferecer de menos ao comprar."
Warren Buffett



Warren entende que as pessoas se sintam constrangidas quando pedem um preço alto demais ao vender ou oferecem um preço baixo demais ao comprar. Ninguém quer ser visto como ganancioso ou mesquinho. Em termos simples, no mundo dos negócios, a quantia que você obtém com uma venda ou que você tem de pagar ao fazer uma compra determina se você ganha ou perde dinheiro e quão rico acaba se tornando. Uma vez iniciadas as negociações, você pode reduzir o preço de venda ou aumentar o preço de compra. Mas é impossível fazer o contrário.

Warren recusou muitos negócios por não satisfazerem seu critério de preço. Talvez o exemplo mais famoso seja sua compra da ABC à Capital Cities. Warren queria, pelo valor que estava disposto a oferecer, um quinhão maior da empresa do que a Capital Cities estava disposta a conceder – de modo que ele virou as contas e desistiu do negócio. No dia seguinte, a Capital Cities voltou atrás e ofereceu-lhe o que ele queria. Peça e talvez você receba, mas se não pedir...


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 21 de julho de 2012

[77] O Tao de Warren Buffett

"Regra 77: O fato de que as pessoas possuem ganância, medo ou insensatez é previsível. Quando isso vai se manifestar não é previsível."
Warren Buffett


Warrem sabe que, às vezes, os investidores ficam alucinados por uma ação, e seu preço dispara. Ele também sabe que, outras vezes, as pessoas ficam temerosas demais e depreciam muita uma ação. O que ele não sabe é quando isso ocorrerá – ele só sabe que ocorrerá e, quando acontecer, estará de prontidão para tirar vantagem dos preços baixos que o medo e a insensatez provocam. Evite a ganância e deixe o medo e a insensatez criarem a oportunidade. Essa é a conduta do investidor inteligente.

Um grande exemplo disso foi a compra das ações da Well Fargo por Warren durante uma recessão bancária de 1990. Ninguém queria ações de bancos, porque as pessoas temiam que os prejuízos com empréstimos imobiliários irrecuperáveis deixassem os bancos insolventes. Warrem escolheu aquele que sentiu ter a melhor administração e ser forte o bastante para aguentar a tempestade financeira na época. Investiu cerca de US$ 289 milhões na Wells Fargo, e em oito anos o valor tinha mais do que dobrado.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 14 de julho de 2012

Entendendo o vício (2/2)


A terapia pode ser um vício?

Nem todo mundo que procura a terapia realmente deseja lidar com seus verdadeiros sentimentos. O objetivo de algumas pessoas é simplesmente fazer com que seus problemas desapareçam, sem de fato procurar entende-los. 

Quando a terapia é usada desta forma, ela corre o risco de se tornar uma espécie de droga viciadora. A tentativa de evitar sentimentos difíceis conduz ao vício, não a genuína expressão deles.
Jesus acreditava que precisamos confiar em Deus. Para ele, Deus era a fonte suprema de forma e poder para viver a vida. Algumas pessoas religiosas criticam a terapia acreditando que ela nos afasta de Deus. Em geral, quem acha isso tem pouca experiência com a terapia ou tentou usá-la como vício. Descobri que, pelo contrário, as pessoas que se tornam mais maduras e conscientes através da terapia conseguem aprofundar a sua confiança em Deus e nos outros com muito mais liberdade.

Para Jesus, não havia conflito entre confiar em Deus e depender dos outros. Ele dependia dos amigos mais chegados e os estimulava a depender dele de uma maneira que fortalecia a confiança deles em Deus. A nossa capacidade de contar com os outros compartilhando os nossos sentimentos mais íntimos aprofunda a nossa capacidade de ter fé.

Principio Espiritual: “A terapia é um processo de dependência saudável.


Ter necessidade não faz de nós pessoas carentes

Jesus encorajava as pessoas a confiarem nele e a contarem com ele. Ele não encarava a dependência como um problema, mas como algo necessário para uma vida espiritual realizada. Jesus compreendia que os seres humanos precisam depender de Deus e dos outros para sobreviver. Tentar ser totalmente independente significa rejeitar a nossa natureza fundamental. Para Jesus, a nossa capacidade de ser vulneráveis e escolher a nossa dependência é que nos conduz à totalidade. Aqueles que recusam a ser dependentes estão apenas fingindo que têm tudo do que precisam.

Principio Espiritual: “Ter necessidade não nos torna carentes.


Como encontrar a serenidade

Desenvolvemos a capacidade de nos acalmar ao sermos tranquilizados por aqueles que se preocupam conosco. Podem ser os outros, mas podemos ser nós mesmos quando nos fortalecemos emocionalmente. O motivo pelo qual muitas pessoas se voltam para os vícios é o fato de nunca terem tido no passado alguém que as ajudasse a sentir-se seguras, desenvolvendo assim a capacidade de serenar a si mesmas. Elas usam o vício para se acalmar artificialmente ou para evitar o medo.

Jesus sabia como encontrar a serenidade: permanecendo ao lado de Deus. Todos estão em busca de segurança e só podemos encontra-la se nos sentirmos protegidos dos perigos existentes na vida. Onde no universo poderíamos encontrar um lugar mais seguro do que ao lado no nosso Criador? Jesus acreditava que só então poderíamos encontrar a paz de espirito. Para ele, aqueles que encontram a verdadeira serenidade nunca estão sozinhos.

Principio Espiritual: “As pessoas verdadeiramente serenas nunca estão sozinhas.


A cura é o amor

Os viciados amam os ídolos, mas estes não podem retribuir o amor. O vício impede o amor de amadurecer. Quando as pessoas escolhem um objeto como substituto ao amor, o amadurecimento dela é interrompido. Quando os viciados conseguem renunciar ao seu apego aos ídolos e descobrem a alegria de se relacionar com pessoas capazes de amá-las ficam maravilhados. Jesus ensinou que devemos amar e ser amados para amadurecer espiritualmente e que a idolatria do vício impede que isso ocorra.

Jesus acreditava que o amor é a força mais poderosa do universo. Ele ensinou que Deus é amor e que o amor é a força criativa que supera todos os problemas do mundo. O amor é o ponto central dos ensinamentos de Jesus e é o elemento para a cura do coração humano.

Principio Espiritual: “O amor cura.


Por que Deus odeia a idolatria

Jesus conhecia o ensinamento do Antigo Testamento: “Não farás para ti ídolos com a forma de qualquer coisa que exista em cima, nos céus...” (Êxodos 20:4). Ele falou do ciúme de Deus, não no sentido da insegurança por medo de perder o seu valor para outra pessoa. Deus quer proteger o mundo do jeito como o criou e fica indignado diante das tentativas de alterar a ordem natural do universo.

Jesus ensinou que a imagem visível de Deus na Terra não é uma coisa ou um objeto e sim a capacidade criativa de se relacionar. Deus fica indignado com a idolatria porque ela é uma tentativa de substituir a capacidade divina amorosa dentro de nós por uma “coisa”. Ele nos conferiu a capacidade essencial de nos relacionarmos uns com os outros e com ele. Por conseguinte, a imagem de Deus na Terra não é um objeto que um dia degenera e será destruído, mas a capacidade eterna de se relacionar que transcende o tempo.

Principio Espiritual: “Amar os outros é a expressão visível de Deus.



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

sábado, 30 de junho de 2012

[97] O Tao de Warren Buffett

"Regra 97: Se eles precisam da minha ajuda para gerir a empresa, ambos estamos provavelmente em apuros"
Warren Buffett


O fato de você ser um grande investidor não significa que seja um gerente de negócios habilidoso. Reconhecer o talento é diferente de ter talento. Um grande investidor precisa ser capaz de reconhecer o talento – assim como um técnico de futebol precisa ser capaz de reconhecer um grande jogador. Warren sabe o que buscar num gerente – mas ele próprio não tem bom domínio de bola. Conhecer suas habilidades e as habilidades dos outros e ser capaz de tirar proveito de ambas é a chave para dirigir uma empresa bem sucedida. Warren diz que seu segredo para ampliar uma corporação por meio de aquisições diversas é comprar, por um preço razoável, uma boa empresa que já está sendo gerida por administradores competentes e depois sair do caminho e deixa-los trabalhar. Veja bem: quando Grady Rosier, o CEO da McLane Company, uma subsidiária da Berkshire, telefonou perguntando se haveria problemas em comprar alguns jatinhos executivos novos, Warren respondeu: “A decisão é sua, você é que tem que gerir a empresa.”

Embora a Berkshire possua cerca de 180 mil funcionários, somente 17 ficam no escritório central. Em essência, Warren deixa seus gerentes dirigentes sozinhos as suas empresas, incumbindo-os de todas as decisões operacionais. É fácil gerir uma corporação gigantesca se você deixa outras pessoas responsáveis por todo o serviço pesado: o segredo está em ter os gerente certos e deixa-los em paz para fazer seu trabalho.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Entendendo o vício (1/2)

O vício e a idolatria

Jesus não tinha uma palavra para o vício, mas ele compreendia que, quando criamos "deuses" que exigem a nossa atenção a ponto de destruirmos os nossos relacionamentos com outras pessoas, certamente estamos com graves problemas. A palavra que ele usava para isso era idolatria.

Jesus disse algo ao homem rico: "Vende todas as coisas que tens, distribui o dinheiro aos pobres." Jesus desejava que o homem percebesse que as suas "coisas" ocupavam o centro do seu interesse. O homem tinha substituído um relacionamento genuíno com Deus por "coisas". Ele se viciara nos seus ídolos.

Principio Espiritual: "Nenhum substituto do amor perdura."


O problema com as drogas

O motivo pelo qual as pessoas não conseguem abandonar os seus vícios é o fato de eles funcionarem - temporariamente. Voltar-se para algo que produz repetidamente uma espécie de conforto dá às pessoas uma falsa sensação de segurança. Elas conseguem afastar a dor de não conseguirem satisfazer as suas necessidades mais profundas. Os relacionamentos são desafiantes e trabalhosos porque nos fazem exigências. As coisas concretas são sempre as mesmas; sabemos o que esperar delas.

No entanto, a satisfação proveniente do uso de coisas materiais como substitutos não é duradoura. A dor das necessidades essenciais acaba reaparecendo, e por isso voltamos à solução mais fácil, apesar de descobrirmos aos poucos que ela não é suficiente. Passamos então a precisar de uma quantidade cada vez maior, embora algo dentro de nós saiba que não é dela que realmente precisamos. É por isso que o vício é chamado de doença progressiva.

Jesus sabia que, quando passamos a nos apoiar em coisas materiais para nos sentirmos seguros, é muito difícil desistir delas. Foi isso que ele quis transmitir quando disse que "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus". Ele não estava falando a respeito de dinheiro e sim de idolatria. É fácil viciarmos-nos em coisas materiais e acreditar que elas podem substituir as nossas necessidades emocionais. Quando nos viciamos nelas, é muito difícil largá-las.

Principio Espiritual: "O problemas das drogas é que elas nos fazem sentir melhor - apenas temporariamente."


As drogas não podem nos ajudar a crescer

Jesus constantemente orientava as pessoas para as coisas eternas. Ele sabia que a nossa atração pela gratifiicação instantênea resulta em uma satisfação temporária e em uma instatisfação crônica. Ele sabia que a euforia da idolatria é apenas um antídoto para a dor e o desapontamento na nossa vida. O sofrimento pára, mas apenas temporariamente. Esse tipo de antídoto neutraliza os sintomas, mas não cura.

Jesus nunca encorajou as pessoas a evitar o sofrimento na vida, porque ele não estava interessado em um alívio rápido. Ele não queria que as pessoas apenas se sentissem melhor, mas que elas efetivamente melhorem. A idolatria pode momentaneamente evitar a dor, mas impede também o crescimento. Enquanto nos preocupamos com os ídolos, permanecemos imaturos. A idolatria ajuda as pessoas a evitar as coisas, ao passo que o crescimento só acontece quando as enfrentamos.

Principio Espiritual: "Os viciados veneram um Deus egoísta."


O vício religioso

Para Jesus, a religião e a idolatria eram absolutamente diferentes. Os fariseus e os escribas eram pessoas sinceramente religiosas que não se consideravam idólatras, porque adoravam a Deus. Mas Jesus advertiu que não devemos usar a religião para parecer íntegros, escondendo dentro de nós nossos verdadeiros sentimento. Para ele, a integridade baseada nos relacionamentos era muito mais importante do que a integridades fundamentada em dogmas. Aquilo que Jesus descrevia como idolatria eu vejo hoje no meu consultório como vício.

Para Jesus, o propósito da religião era favorecer o relacionamento com Deus e com os outros e não substituí-los. Às vezes as pessoas usam a religião para se sentirem melhor, exatamente como os ciciados com as drogas. No caso da idolatria, as leis e os rituais religiosos se tornam a "droga", proporcionando às pessoas à ilusão de serem melhores do que realmente são.

Principio Espiritual: "A religião é um caminho e não um destino."



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

sábado, 23 de junho de 2012

[8] O Tao de Warren Buffett

"Regra 8: Você deveria investir como um católico se casa: Para o resto da vida"
Warren Buffett

Warren sabe que, se você encara uma decisão de investimento da perspectiva de que nunca poderá desfazê-la, com certeza fará o dever de casa antes de se lançar de cabeça. Você não se atiraria a um casamento sem antes fazer sua pesquisa (namorar), discuti-lo com seus conselheiros (amigos de bar) e pensar longas e profundamente a respeito, não é mesmo? Tampouco deve se atirar a um invstimento sem saber muito sobre a empresa e ter certeza de que a compreende. Mas é o fator vitalicio que realmente faz dinheiro. Veja nesse caso: em 1973, Warren investiu US$ 11 milhões na Washington Post Company, e continua casado com esse investimento até hoje. Nesses 33 anos em que foi fiel a ele, se valor cresceu para US$ 1,5 bilhão. A convicção de manter o rumo pode trazer recompensas celestiais, contanto que você tenha escolhido o rumo para certo para comeco de conversa.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

terça-feira, 19 de junho de 2012

[parte 05] Jesus, o maior psicólogo que já existiu - Entendendo a religião (2/2)

Por que Jesus adiava o fundamentalismo religioso

Embora Jesus certamente fosse discordar das conclusões de Freud a respeito de religião em geral, ele concordaria com a crítica especifica aos fundamentalistas religiosos. Jesus detestava o uso distorcido da religião e a via como uma estrutura que torna mais fácil o relacionamento com Deus, e não como um conjunto rígido de regras que fazem as pessoas se sentirem bem ou mal.

Jesus considerava a infidelidade um pecado nocivo para os relacionamentos. Mas ele queria que a Sagrada Escritura fosse usada para beneficiar o nosso relacionamento com Deus e com as outras pessoas e não para nos dar poder sobre elas. As pessoas às vezes acreditam que as escrituras contêm provas de que elas estão certas, quando na verdade estão espiritualmente erradas. As vezes pessoas usam a religião como uma defesa pára não examinar a maneira como ela própria contribuíra para os problemas de relacionamento. Não é esse o objetivo da religião. Esse é o tipo de fundamento religioso que torna as regras mais importantes do que as pessoas e não contribui em nada para o crescimento espiritual.

 Quando as regras passam a ser mais importantes do que os indivíduos que as seguem, a religião pode tornar-se nociva. Jesus considerava ofensivo as pessoas pegarem as Escrituras, que têm potencial de uni-las a Deus e aos outros, e as usarem para exercer poder. Para Jesus, a religião deveria produzir compaixão e conexão e não arrogância e autoritarismo.

 Principio Espiritual: "A verdadeira religião fortalece a compaixão e a ligação com Deus e os outros."


 O problema com a religião

No decorrer da história, muitas pessoas se engajavam em várias formas de sacrifício como parte da prática religiosa. Abrir mão dos desejos pessoas em beneficio dos outros pode ser um sinal de verdadeira compaixão quando motivados pelo amor. No entanto, o sacrifício desprovido de amor é uma religião vazia.

Jesus acreditava que a religião destituída de amor é sinônimo de religião vazia. É por isso que ele desejava "misericórdia" em vez de sacrifícios. A adesão rígida a práticas religiosas que perdem de vista o propósito original de desenvolvermos uma relação de amor com os outros é uma religião negativa. Jesus amava a religião, mas odiava a rigidez. O problema não é a religião e sim a sua prática inflexível que priva as pessoas do que elas têm de melhor.

Princípio Espiritual: "O problema não é a religião e sim a rigidez religiosa."


O propósito da religião

Jesus sabia que algumas pessoas usam a religião, mas que outras a vivem. Jesus condenava seu uso para alcançar uma posição social, oportunidades de apoio ou poder sobre os outros. Seu propósito é nos trazer vida. Estava evidente nos ensinamentos de Jesus que o amor e a reconciliação com os outros são mais importantes do que qualquer ritual religioso. A prioridade dele era clara: "Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão."

Princípio Espiritual: "A religião tem um único propósito: ligar-nos amorosamente a Deus e aos outros."


O propósito das regras espirituais

Os psicólogos que estudaram o desenvolvimento da moral humana chegaram a uma interessante conclusão. Começamos a vida com regras bastante concretas para lidar com as questões morais. Temos que seguir as regras. À medida que amadurecemos, compreendemos que as regras são diretrizes e não leis rígidas que devem ser obedecidas.

A primeira vista essa afirmação pode dar a impressão de que estou dizendo que quanto mais as pessoas se desenvolvem moralmente, mais elas fazem apenas o que querem. No entanto, as pesquisas demonstram que no mais elevado nível de desenvolvimento moral, nós, seres humanos, levamos em conta não apenas as nossas necessidades, mas também as dos outros. Na vida dos poucos que alcançaram os estágios superiores da evolução moral podemos observar o que Jesus ensinou, ou seja, que as regras só existem para nos ajudar a amar.

Jesus ensinou que a forma mais elevada de desenvolvimento humano é amar os nossos semelhantes. Embora devamos aspirar a esse estado, não é fácil alcançá-lo. Todas as religiões contêm um conjunto de regras ou rituais que são usados para estruturar as atividades religiosas dos participantes. As regras que Jesus praticava serviam para facilitar o amor aos outros. Para ele, os mandamentos de Deus existiam para ajudar os serem humanos a alcançar o seu estado mais elevado, desenvolvendo a capacidade de "amar uns aos outros".

Principio Espiritual: "Quando o amor é a lei, nós nos apoiamos nela para nos desenvolvermos."

sexta-feira, 15 de junho de 2012

[7] O Tao de Warren Buffett

"Regra 7: É mais fácil evitar problemas do que se livrar deles"
Warren Buffett

É bem mais facil evitar a tentação de infrigir a lei para ganhar dinheiro fácil do que lidar com as consequencias se você for pego. Para evitar problemas, basta fazer o que é certo na hora certa. Para se livrar de problemas, você precisa de um monte de dinheiro, um monte de bons advogados e, mesmo assim, poderá acabar cumprindo pena por um longo tempo.

Essa lição foi aprendida quando Warren quase perdeu todo o seu investimento de US$ 700 milhòes na empresa Salomon Brothers de Wall Street. O Federal Reserve Bank por pouco não fechou a empresa inteira por suas atividades ilegais de negociação de títulos - praticadas por um corretor que queria ganhar uma bolada fácil. Quando custou se livrar do problema? Custou empregos de seu presidente e CEO, e milhões em honorários advocatícios, multas, processos e negócios perdidos. Teria sido bem mas fácil, e mais rentável, evitar os problemas desde o princípio.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entendendo a religião (1/2)

Rituais Religiosos

O ritual é uma ação concreta que simboliza uma realidade espiritual. Jesus acreditava que os rituais religiosos eram positivos quando usados para nos lembrar que temos um relacionamento com Deus e com os outros, mesmo nos momentos em que isso é difícil. Temos tendência ao esquecimento e muitas vezes realizamos os rituais de forma puramente mecânica, esvaziando-os do conteúdo.

Jesus sabia que todos temos momentos em que precisamos de algo palpável que nos faça lembrar o valor dos nossos relacionamentos. As vezes precisamos de demonstrações físicas de que o amor existe, e os rituais concretos podem exercer essa função. Os rituais religiosos podem ser positivos, desde que lembremos do seu objetivo.

Principio Espiritual: "Os rituais nos ajudam a lembrar o amor."


As coisas ficam mais cinzas à medida de crescemos

Jesus acreditava que o simbolismo religioso era útil para pessoas de todos os níveis de educação e inteligência. Ele sempre falava por meio de parábolas para que as pessoas pudessem entender o significado dos seus ensinamentos. Fornecer às pessoas imagens concretas com as quais elas pudessem se identificar as ajudava a compreender princípios espirituais mais abstratos. Jesus era um exímio contador de histórias porque conhecia o poder do simbolismo na comunicação de ideias.

A pessoa espiritualizada está em constante desenvolvimento. Coisas que foram um dia vistas em "preto e branco" adquirem "nuanças de cinza" à medida que vamos crescendo. Jesus instituiu rituais religiosos para que nos lembrássemos dele e não porque os rituais tivessem a capacidade mágica de nos tornar poderosos. Algumas pessoas fazem os gestos e repetem as palavras dos rituais sem perceber o sentido que eles encerram. Seguir regras e executar rituais sem entender que eles se destinam a favorecer o relacionamento com Deus e com a outras pessoas é praticar uma religião vazia que não favorece o crescimento espiritual.

Principio Espiritual: "Os rituais favorecem o amor; eles não o substituem."


Por que Freud odiava o fundamentalismo religioso

Freud odiava a religião. Não creio que seja necessário abordar aqui a criação religiosa de Freud e o que fez com que ele tivesse tanta raiva da religião. Para Freud, ela era uma ilusão que as pessoas usavam para defender-se do sentimento de que estavam desamparadas no mundo. Segundo essa perspectiva, as pessoas vivem de forma superficial, escondendo-se atrás de rituais e regras religiosas, em vez de enfrentar significados e sentimento mais profundos. Algumas pessoas de fato fazem isso, principalmente os fundamentalistas religiosos.

Jesus discordaria da opinião de Freud a respeitos da religião. Para ele, reconhecer a nossa impotência era um sinal de maturidade espiritual, e pedir a ajuda de Deus e dos outros era a melhor coisa a ser feita. A religião não foi feita para ser uma defesa contra a sensação de desamparo; ela é uma resposta positiva a este sentimento que nos abre a um relacionamento com alguém capaz de nos ajudar quando precisamos. Para Jesus, todos vivemos sensações de desemparo e todos necessitamos de Deus.

Princípio Espiritual: "A saúde começa com o reconhecimento de que não somos Deus."




Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

[67] O Tao de Warren Buffett

"Regra 67: Uma diversificação ampla sé é requerida quando os investidores não entendem o que estão fazendo"
Warren Buffett

Se alguns consultores de investimento estão tentando vender-lhe a ideia de diversificar sua carteira de ações, é porque eles não sabem o que estão fazendo e querem protegê-lo da ignorância deles. E se você não sabe o que está fazendo, a diversificação é um caminho sensato, oferecendo um mínimo de proteção contra a perda total e um potencial mediano de crescimento a longo prazo. Entretanto, ela nunca o deixará rico, porque a estratégia se baseia no cancelamento recíproco entre vencedores e perdedores. Mas também não o deixará pobre.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Geração Y, um desabafo

Na minha opinião uma visão simples, porem objetiva e resumida frente a essa "xaropisse" de geração Y, X, Z e etc. que andam falando tanto...


Estou cansado da visão preconceituosa e preconcebida que muitos “mais velhos” estão fazendo sobre os jovens de hoje, os chamados Geração Y.

Li Machado de Assis obrigado e achei uma merda. Jantava e assistia novela com a família como parte dos meus deveres de filho, não por opção. Aprendi a dizer obrigado, Sr., Sra., ou seja, a manifestar respeito o que não significa o mesmo que sentir respeito. Aprendi uma história brasileira (falsa) que tinha sido montada pelos militares! Minhas opções profissionais eram funcionais (ofícios) e não baseadas em talentos. E fui criado para ser alguém na vida e não ser feliz na vida!

Achar que isso é melhor, mais profundo, mais bacana ou mais qualquer coisa do que os jovens de hoje é de uma prepotência sem tamanho!

Não aceito também o lado oposto de achar que os jovens hoje são melhores. Eles são diferentes, muitas coisas melhores, outras nem tanto e algumas piores. Só isso.

A Geração Y é a geração da opção. Cresceram com todas as opções de vida abertas a eles. Querem ser felizes. Sentem que o planeta precisa de ajuda. Gostam da coisa coletiva e têm a web que lhes abre o mundo.

Vai dizer que tudo isso não é incrível? É!

Obviamente tem o outro lado: ter todas as opções pode significar nunca escolher nenhuma. Sofrer pelo planeta pode significar uma desconexão com o mundo industrial moderno e com o trabalho. Ter o mundo a seus pés na web pode gerar uma enorme dispersão. Não encontrar significado nas coisas do dia-a-dia do mundo pode gerar jovens perdidos.

Trabalho com e para jovens e, apesar dos desafios que menciono, sou um otimista e acho que a soma das coisas positivas da Geração Y é muito maior do que a soma das negativas e que – se a gente deixar – essa Geração Y pode construir um mundo muito melhor do que nós (os respeitosos, os profundos, os pensadores, os leitores de jornal, etc. etc. SIC, SIC, SIC, SIC) construímos.

Fonte: http://resultson.com.br/blog/geracao-y-um-desabafo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ResultsON+%28ResultsON+-+Neg%C3%B3cios+Inteligentes%29

sábado, 14 de abril de 2012

[19] O Tao de Warren Buffett

"Regra 19: Se eu não consigo ganhar dinheiro no mercado americano, que vale US$ 5 trilhões, talvez seja um pouco fantasioso imaginar que me bastará viajar alguns milhares de quilômetros além das fronteiras para, aí, sim, começar a mostrar o meu valor."
Warren Buffett

O estranho dessa citação é que, 10 anos depois, Warren cruzou as fronteiras para mostrar seu valor. Em 2003, comprou uma participação de cerca de US$ 500 milhões na PedroChina, uma companhia petrolífera 90% pertencente ao governo chinês, o que significa, como Warren observou com bom humor, que "juntos, nós controlamos a empresa".

A PetroChina é a quarta empresa de petróleo mais rentável do mundo. Produz tanto petróleo bruto quanto a Exxon, e Warren comprou suas ações a um terço do valor das companhias petrolíferas ocidentais. Pois sabia que ela subiriam 400% desde então. Se isso não é mostrar o seu valor, não sei o que é.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

[48] O Tao de Warren Buffett

"Regra 48: Você conseguiria realmente explicar a um peixe como é andar em terra firme? Um dia em terra firme vale por mil anos falando no assunto, e um dia gerindo uma empresa tem exatamente o mesmo tipo de valor."
Warren Buffett

Como dizem no meio militar, tudo é brincadeira até que alguém começa a atirar de volta. O mesmo se aplica ao mundo dos negócios.

Lidar com problemas de fabricação de verdade, atrair e conservar clientes de verdade é o que distingue o mundo acadêmico do mundo real da administração. Na Nebraska Furniture Mart, em Omaha, pertencente à Berkshire, a fundadora e dirigente máxima da empresa, Sra. Blumkin, conquistou uma vitória empresarial após outra, década após década, com as tropas da linha de frente da Mart. Idade e experiência valem mais que juventude e  entusiasmo, eis o grito de guerra de Warren, que faz caixa a caixa registradora da Berkshire tilintar e tilintar...

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 7 de abril de 2012

[88] O Tao de Warren Buffett

"Regra 88: Eu só compraria esses papéis no dia 30 de fevereiro"
Warren Buffett

Aqui Warren está falando do lançamento inicial das ações ou dos títulos de uma empresa por meio de um banco de investimentos. Ele acha que o banqueiro de investimento que realiza a venda já estipulou um preço pleno para o lançamento. Não há chance do investidor vir a obter um preço de barganha. Por estes motivos, Warren tem se afastado dos lançamentos de ações desde que começou sua carreira de investidor.

Ele gosta de esperar até que os papeis tenha sido negociados por algum tempo e a miopia do mercado de ações tenha tido uma chance de subestimar seu preço. A regra é simples: os banqueiros de investimentos jamais oferecerão uma barganha, mas o mercado de ações sim.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ocupação ilegal e moradia

Posto esse artigo de Basílio Jafet (O Estado de São Paulo, Imóveis 1, 25/03/2012) porque ele reflete clara e diretamente meu pensamento sobre um assunto muito distorcido, a meu ver, nos dias de hoje. No meio do texto faço meus comentário, sinalizados pelas iniciais N.A.B. (que significam Nota do Autor do Blog).


Ocupação ilegal e moradia


A polêmica que se sucedeu à ação de reintegração de posso no Pinheirinho, no município de São José dos Campos, oferece-nos importantes elementos para reflexão, além de ser um exemplo contundente de antagonismo à brasileira.


Chama atenção, mais uma vez, a insegurança jurídica, que figura como um dos principais obstáculos ao pleno desenvolvimento do País.


Frequentes vezes, sob disfarce de "movimentos sociais", grupos focados tão somente na obtenção de dividendos políticos, organizam invasões, promovem quebra-quebras e atacam sistematicamente o direito à propriedade.


Para colaborar, a Justiça demora demais para restabelecer o direito de posse. No caso em questão, transcorreram oitos anos até que o Judiciário julgasse o processo.


Vale lembrar que a área do Pinheirinho pertence a massa falida de uma empresa e, portanto, será utilizada para ressarcimento de credores - incluindo pessoas que ficaram sem receber seus vencimentos na época da falência.


N.A.B. - Muitas pessoas falam que essa ação foi movida pela especulação imobiliária ou citam outras questões. Mas acho que precisamos dividir alguns assuntos aqui: uma coisa é o fato que alguém invadiu uma área privada (que não era dele) e simplesmente passou a morar lá (quando não construir e alugar pra outros morarem); outra coisa completamente distinta é o fato da justiça ter demorado quase uma década pra dar a reintegração de posse somado a possíveis interesses escusos para agilizar esse processo. Seja qual for o motivo (nobre ou mesquinho), nada justifica alguém tomar posse ilegalmente de algo, seja por qual motivo for. Sem observamos essa premissa, não há ordem social que consiga manter uma sociedade em nível mínimo de civilidade. 


Direito. Afinal, não importa se a propriedade é de pessoa física ou jurídica, financeiramente saudável ou não. O que vale, o importante, é o direito de propriedade, que deve ser preservado e, neste caso, não foi observado durante quase uma década.


Ao mesmo tempo em que o Pinheirinho ia sendo ocupado sistematicamente de forma irregular, o Brasil avançava econômica e socialmente, e via diminuir a distância entre pobres e ricos.


O mundo tem acompanhado com atenção o surgimento, por aqui no Brasil, de uma nova classe média, que por meio de trabalho e da educação tem colaborado com o fortalecimento da economia interna.


Na área habitacional, o lançamento do programa de acesso à moradia "Minha Casa, Minha Vida" foi um grande passo no sentido de estabelecer uma política perene de habitação. E isso com foco no atendimento às famílias com renda de até três salários mínimos e com a concessão de subsídios para expandir o financiamento imobiliário.


Por meio do programa, já são mais de 1,1 milhão de unidades contratadas pela Caixa Econômica Federal. Também, estados e municípios têm se aliado ao governo federal na tentativa de solucionar o déficit habitacional.


Os empreendedores imobiliários de todas as partes do país, por sua vez, trabalham cada vez mais para solucionar o problema de falta de moradia digna para as famílias de baixa renda.


Inversamente a tudo isso, desponta a invasão do Pinheirinho, que, de forma alguma, pode ser considerada alternativa à solução do déficit habitacional. Trata-se de ato contrário à lei e que provoca instabilidade e insegurança àqueles que agem conforme as legislações vigentes.


N.A.B. - Reconhecer a legitimidade da ação do Pinheirinho é anular todas as coisas que obedecemos para manter um mínimo de civilidade. É anular também conquistas que todos lutam, independente da classe social, em favor de uma ação totalmente irregular e de origem questionável.

Pilares básicos. Invasões de áreas privadas nada mais são do que um completo desrespeito ao estado do direito e à democracia. Esta é caracterizada, entre seus pilares básicos, pela manutenção da imprensa livre e pelo direito de propriedade.


Pinheirinho configurou uma ameaça a todo o sistema político-econômico. E a tentativa de deslegitimar a reintegração de posse é um atentado à saúde das instituições.


N.A.B. - Muitos argumentam que as instituições também devem ser exterminadas ou devem ser menos gananciosas, interesseiras, ladras e outros tantos adjetivos. Contudo não acredito que seja incitando crimes, veja bem CRIMES, que faremos algo para modificar essas instituições.


As nações de sucesso cumprem os princípios do estado de direito, respeitam as hierarquias e os direitos fundamentais. Se o Brasil quer permanecer ente os países mais atrativos para receber investidores externos, com uma economia promissora, precisa garantir o cumprimento dos contratos, dando segurança jurídica a todos.


Violência. Claro que o drama vivido pelas famílias que não tem teto, e que são levadas a invasões por falta de informação e desespero, pode e deve ser compreendido por toda sociedade, e é imprescindível que o poder público, a iniciativa privada e movimentos sociais efetivamente representativos unam forças em prol da moradia digna. Porém, ocupação ilegal não é a forma de acesso à moradia. E, sobretudo, violência não é instrumento de reivindicação social.


Aqueles que entraram em confrontos com a polícia e esconderam seus rostos e identidades não são "cidadãos de bem empenhados na defesa de seus direitos". As famílias que lutam pelo cumprimento desse direito constitucional não têm medo de mostrar a cara, pois sabem que seu anseio é justo.


N.A.B. - Novamente, muitos argumentam que as famílias que fazem essas reivindicações são ricas e não precisariam dessas propriedade; ou são de origem ilícita; ou constrói-se novos argumentos ligados a outros assuntos. Novamente acredito que acima do merecimento ou não dessas famílias, há uma ordem social estabelecida para não haver o caos social (não julgo aqui o mérito se essa ordem é boa ou justa, esse exercício deve e será feito em outro momento porque não se enquadra no assunto aqui relatado que é PROPRIEDADE e CRIME). Essa ordem citada dá o direito de propriedade a alguém e se decidirmos que esse direito pode ser quebrado por qualquer que seja o motivo não previsto nessa ordem social, estamos fadados a viver no caos total.

sábado, 31 de março de 2012

[76] O Tao de Warren Buffett

"Regra 76: Quando o temperamento apropriado se junta ao arcabouço intelectual apropriado, o resultado é um comportamento racional"
Warren Buffett

Warren sempre afirmou que o melhor temperamento para um bom investidor é ser ganancioso quando os outros estão assustados, e ficar assutados quando os outros estão sendo gananciosos. Aliado a uma filosofia de investimentos voltada para empresas com sólidos fundamentos econômicos de longo prazo trabalhando a seu favor, esse é o segredo para investir com sucesso. Comprar ações de grandes empresa quando todos os outros estão assustados e permanecer longe delas quando todo mundo esta sendo ganancioso. O temperamento certo lhe dirá quando e onde apertar o gatilho - você o aperta quando as pessoas estão assustadas e estão desovando ações, e você não o aperta quando todo mundo está sendo ganancioso, lançando os preços das ações à estratosfera.

Por duas vezes em sua carreira de investidor Warren parou completamente de comprar ações, porque seus preços se tornaram exagerados. A primeira vez foi no auge da febre do mercado no final da década de 1960, a segunda vez, no auge da febre do mercado no final da década de 1990. Ambas as retiradas oportunas evitaram que ele se machucasse nas quedas que se seguiam a essas duas fases de euforia, e ambas o deixaram cheio de dinheiro para tirar vantagem dos preços baixos das ações logo depois.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quinta-feira, 29 de março de 2012

[26] O Tao de Warren Buffett

"Regra 26: Reviravoltas raramente acontecem"
Warren Buffett

O mundo está cheio de empresas com maus fundamentos econômicos cujas ações são vendidas a preços que parecem pechinchas. Warren procura uma boa empresa cuja ações sejam vendidas a um preço justo, ou ainda melhor, uma ótima empresa a preço de pechincha (o que é difícil de achar). Empresas ruins continuam sendo empresas ruins, qualquer que seja o preço que você pague por elas.

O preço da ação pode mudar, mas o caráter subjacente da empresa tende a permanecer o mesmo. Se for uma boa boa empresa, permanecerá uma boa empresa, se for uma má empresa, permanecerá uma má empresa.

Empresas ruins não podem ser transformadas em empresas ótimas. Somente nos contos de fadas os sapos se transformam em príncipes, e embora muitos CEOs acreditem que tenha o poder do beijo mágico, 95% dos sapos beijado continuam sapos - o os 5% que se transformam provavelmente nunca foram realmente sapos.

Warren acredita que a mesma energia gerencial e o mesmo capital seriam bem mais empregados na compra de uma empresa com bons fundamentos econômicos vendida a um preço justo do que em assumir uma empresa ruim que necessita de um beijo mágico, ainda que esteja sendo vendida por uma pechincha. Após beijar alguns sapos na vida, ele concluiu que o gosto não é bom.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Nova publicação

"Pensando comigo": Tá reclamando do quê?

[112] O Tao de Warren Buffett

"Regra 112: O que aprendemos com a história é que as pessoas não aprendem com a história"
Warren Buffett

As pessoas vivem repetindo os mesmos erros no mercado de ações - pagam excessivamente por uma empresa na esperança de ganhar com as oscilações das ações a curto prazo. Esse erro comum impele o mercado inteiro e é perpetuado por gerentes de fundos mútuos que atendem um público de visão curta. Warren construiu sua carreira explorando essa miopia intrínseca e as distorções de preços por ela geradas em relação ao valor econômico de longo prazo da empresa.

A lição de história que as pessoas parecem não aprender nunca é que, quando as ações das empresas estão cotadas muito acima do seu valor econômico de longo prazo, como costuma acontecer durante uma euforia do em mercado, qualquer mudança súbita nos ventos da expectativa pode provocar uma queda violenta dos preços das ações, deixando a ver navios os investidores que pagam preços exorbitantes. Quando os preços sobrem, Warren fica fora do mercado; quando caem, Warren se interessa em comprar, e se caírem o suficiente, e a empresa for boa, ele compra.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 7 de março de 2012

[36] O Tao de Warren Buffett

"Regra 36: Alguém está sentado na sombra hoje porque alguém plantou uma árvore tempos atrás"
Warren Buffett

Se não fosse o trabalho duro do mentor de Warren, Benjamin Graham, para desenvolver o conceito de value investing (investimento de valor), Warren talvez nunca saísse de trás do balcão da mercearia do avô. Pois é fácil torna-se brilhante em sua atividade quando você se ergue sobre os ombros de um gigante - o segredo está em escolher o gigante certo.

No caso de Warren, ele escolheu Graham, um homem conhecido como o Decano de Wall Street. Graham desenvolveu o conceito de value investing e deu um curso sobre esse tema na Columbia University, em Nova York. Warren fez o curso de Graham e, nas palavras do colega de turma Bill Ruane, "centelhas circulavam entre os dois". Após Columbia, Warren foi trabalhar na firma de investimentos de Graham em Wall Street, e o resto da história é o material de que se constituem as lendas financeiras.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Entendendo o pecado e a psicopatologia (2/2)


A verdadeira culpa versus a falsa culpa

Embora Jesus tenha dito que não veio ao mundo para condenar (Bíblia - Livro de João, capitulo 3, versículo 17), ele acreditava que há momentos em que devemos nos sentir culpados. A partir da perspectiva Dele, nem toda culpa é má.

Jesus acreditava em dois tipos de culpa. O que os psicólogos chama de verdadeira culpa, ele chamava de culpa baseada no amor. O que chamamos de falsa culpa, segundo ele, era a culpa fundamentada no medo. A verdadeira culpa é o remorso que sentimos quando magoamos aqueles que amamos; ela nos faz ter vontade de corrigir as coisas no nosso relacionamento com o outro. A falsa culpa é o medo da punição que está mais ligada à necessidade de nos protegermos depois que fazemos algo errado.

A falsa culpa raramente beneficia o nosso relacionamento com os outros. Na verdade, ela em geral nos prejudica e nos torna pessoa de convivência mais difícil. Sentimos a verdadeira culpa quando nossos relacionamentos são importantes para nós e nos sentimos motivados a curar as feridas provocadas por nosso comportamento. É esse o tipo de culpa que Jesus queria que sentíssemos.

Princípio Espiritual: "A culpa motivada pelo amor cura a mágoa; a culpa baseada no medo só faz escondê-la."


Se as pessoas fossem perfeitas, por acaso alguém pecaria?

Parecer perfeito nunca foi sinal de saúde mental. Bem ao contrário. Ter a coragem de ser imperfeito indica muito mais uma auto-estima saudável do que fingir ser impecável. As crianças às vezes se esforçam intensamente para serem especiais porque têm medo de não serem amadas se não fizerem isso. Se as crianças não se sentem amadas pelo que são, elas aceitam a atenção que recebem pelo que se esforçam para fazer. A questão não é saber se o comportamento delas é ou não perfeito e sim a motivação que as leva a ter esse comportamento.

Ocasionamento deparo com versículos na Bíblia que me deixam perturbado. Um deles é esse: "Sede perfeitos, portanto, como o Pai celeste é perfeito". Esta frase dá a impressão de que Jesus estava estabelecendo para os seus seguidores um padrão ridiculamente alto que, se não fosse alcançado, poderia fazer com que eles se sentissem mais e inadequados. No decorrer dos séculos muitas pessoas confundiram o perfeccionismo moral com a retidão espiritual e definiram a espiritualidade em função do número de coisas das quais se abstinham, como fumar, beber e praguejar. Mas às vezes são exatamente as pessoas que se empenham em parecer perfeitas as mais culpadas de pecado.

A palavra traduzida como "perfeito" nessa passagem também pode se traduzida como "maduro". Quando soube disso, eu me senti muito melhor. Sei que jamais serei perfeito, mas acredito que posso continuar a crescer. Ter maturidade significa reconhecer que vamos continuar a erras, mas seremos capazes de rever nossas ações e corrigi-las. Fingir ser impecável é na verdade um sinal de imaturidade. Jesus não fingiu a maturidade espiritual como a ausência de imperfeições e sim como presença de força.
Eis como interpreto os ensinamentos de Jesus: não nos sentimos mais amados porque somos perfeitos; desejamos ficar mais maduros porque nos sentimos amados.

Princípio Espiritual: "O perfeccionismo é uma máscara e não uma meta."


O pecado é um problema pessoal

Jesus dizia que pecar significava cometer um erro. Mas ele estava mais interessado nos relacionamentos destruídos por causa dessas falhas do que nos erros propriamente dito. Por isso ele perdoava as pessoas com facilidade. Para ele, o relacionamento, e não o erro, era o problema principal.

"É inevitável que haja escândalos", disse Jesus, "portanto, tende cuidado" (Bíblia, livro de Lucas, capítulo 17, versículos de 1 à 3). A seguir, ele prossegue: "Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e se ele se arrepender, perdoa-o." Ele estava primordialmente interessando em restaurar os relacionamentos pessoais. Jesus frequentemente adotava a perspectiva psicológica de não encarar o pecado como um problema que existe dentro das pessoas e sim entre as pessoas.

Princípio Espiritual: "Às vezes o pecado é um problema que existe entre as pessoas e não dentro delas."


A salvação e a psicoterapia

Jesus ensinou que o pecado acontece quando quebramos o relacionamento e que a salvação ocorre quando o restabelecemos. Na parábola do filho pródigo, Jesus mostrava que a salvação envolve o reencontro com o nosso verdadeiro eu.

A psicoterapia funciona porque segue o padrão que Jesus descreve para o processo da salvação. Os bons relacionamentos nos curam. Não podemos ser psicologicamente saudáveis se não nos relacionarmos de um modo saudável com nós mesmos e com os outros. Os seres humanos foram criados desta maneira, ou seja, precisamos estar ligados aos outros para sermos completos.

A psicoterapia é o processo de ajudar pessoas que estão perdidas a se reencontrarem. Ao estabelecer relacionamentos saudáveis com os outros, podemos reconduzi-los ao caminho da saúde psicológica.

Princípio Espiritual: "Uma alma perdida é encontrada e não consertada."



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Como se tornar um Netweaver

Bom, se você, como eu, não entendeu bem o título dessa postagem, bem vindo ao time... Contudo prometo que o assunto é bem interessante se você tem alguma queda por tecnologia (ou não).

 Primeiro, vamos ao conceito da palavra NETWEAVER pelo autor no livro.
Netweaver são os “tecelões” (para aproveitar o que poderia ter sido uma feliz expressão de Platão, no diálogo O político, se ele não estivesse se referindo a um sujeito autocrático), e os animadores de redes voluntariamente construídas. Na verdade, eles constroem interfaces para conversar com a rede-mãe. Os netweavers não são necessariamente os estudiosos das redes, os especialistas em Social Network Analysis ou os que pesquisam ou constroem conhecimento organizado sobre a morfologia e a dinâmica da sociedade-rede.Todas as pessoas têm uma porção-netweaver. Se não fosse assim, não poderiam ser seres políticos (e a democracia jamais poderia ter sido inventada e reinventada). Mas em sentido estrito, chamamos de netweavers aqueles que se dedicam a tecer redes. Esse talvez seja o papel social mais relevante em mundos altamente conectados. O que significa que, em um mundo hierárquico, o netweaver é necessariamente um hacker (embora não seja apenas isso).

Em segundo, algumas palavras sobre o autor. Augusto de Franco é o criador e um dos netweavers da Escola-de-Redes - uma rede de pessoas dedicadas à investigação sobre redes sociais e à criação e transferência de tecnologias de netweaving e da empresa-em-rede chamada Netweaving HCW. É autor de mais de duas dezenas de livros sobre desenvolvimento local, capital social, democracia e redes sociais. Palestrante e professor, participou como palestrante do TED mais que uma vez (se quiser conhecer mais sobre ele, acesse netweaving.ning.com).

O livro lança muitas ideias e quebras de paradigmas sobre o que é na verdade um HACKER, seu papel e como isso molda o que conhecemos e o que irá surgir daqui pra frente com relação a sociedade, trabalho e valores.

Para aqueles que gostam de novidades, desafios e tecnologia, eis um prato cheio com um detalhe que faz toda a diferença: O LIVRO É FREE. Basta acessar o link abaixo e ler ou baixar o PDF:

Versão resumida: http://www.slideshare.net/augustodefranco/como-se-tornar-um-netweaver
Versão completa: http://www.slideshare.net/augustodefranco/como-se-tornar-um-netweaver-verso-completa


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

[42] O Tao de Warren Buffett

“Regra nº 42: Se cálculo ou álgebra fossem pré-requisitos para um grande investidor, eu teria que voltar a entregar jornais”
Warren Buffett

De acordo com Warren, as habilidades matemáticas necessárias para você ser um grande investidor são: soma, subtração, divisão, multiplicação e a capacidade de calcular rapidamente porcentagens e probabilidades.

Qualquer coisa a mais, como diriam os franceses, é um desperdício. Qualquer coisa a menos e você ficará fora do jogo.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Entendendo o pecado e a psicopatologia (1/2)


A patologia do egoísmo

O ponto inicial tanto da salvação quando da saúde psicológica é reconhecer que precisamos dos outros. Do ponto de vista espiritual, necessitamos de um relacionamento com Deus para sermos completos. De um ângulo psicológico, nossa saúde mental depende da nossa capacidade de nos relacionarmos bem com os outros. Se encaramos as outras pessoas como adversários dos quais precisamos nos proteger, nos tornamos defensivos e corremos o risco de prejudicar exatamente aquilo que estamos tão arduamente tentando proteger.

Jesus ensinou que os seres humanos são seres essencialmente de relação. Ele frequentemente mencionava a importância de nossa relação com Deus e com os outros. Para Jesus, a saúde espiritual acontece quando os relacionamentos estão intactos, e o pecado, quando eles estão rompidos.

Quanto temos medo de que as nossas necessidade não serão satisfeitas, nos envolvemos em atos impulsivos de autopreservação ou em mecanismos de defesa para nos proteger. Esses mecanismos infelizmente tornam-se psicopatologia que nos separa não apenas das outras pessoas como também do nosso verdadeiro eu. Jesus declarou que os seres humanos não podem existir como ilhas; os psicólogos afirmam que não podemos ser completos sem nos relacionarmos com os outros. Tanto o pecado quanto a psicopatologia resultam de atos desesperados de autopreservação que colocam o egoísmo no cerne dos nossos problemas espirituais e psicológicos.

Principio Espiritual: "O egoísmo é pecado e psicopatologia"


A saúde e a salvação são movimento em direção aos outros

Assisti certa vez a uma palestra apresentada por um antropólogo que mostrou por que determinadas culturas no mundo não conseguiam entender as descrições de cristianismo feitas pelos missionários americanos. Explicou que nos Estados Unidos pensamos em função de conjuntos fechados e limitados. Representou o que queria dizer através de uma série de círculos e quadrados, para demonstrar como achamos que as pessoas pertencem a certos grupos e não a outros. Os cristãos estão dentro de um círculo e os não-cristão do lado de fora. Achamos que se entrarmos no círculo do cristianismo estaremos salvos. Se não entrarmos, seremos condenados.

Sempre acreditei que a terapia fosse um processo de movimento espiritual. A presença de Deus não e mencionada na terapia, mas isso não impede que Deus crie movimento em nossa vida. Eu creio nisso. Quando meus pacientes percebem uma ausência desse movimento na terapia, ou seja, quando não sentem que as coisas estão progredindo, eles se consideram "empacados". Depois, quando as coisas começam a fazer sentido e eles acham que a terapia está funcionando, fazem observações como: "Agora estamos indo para algum lugar". Embora, na sua maioria, os pacientes não tenham uma ideia clara de para onde querem ir, ele desejam chegar a algum lugar o mais rápido possível.

Jesus ensinava que o pecado é qualquer coisa que nos separe de Deus e dos outros. Esta é a mensagem que ele queria transmitir na parábola do filho pródigo. Se estamos avançando em direção a Deus e aos outros, estamos nos movendo em uma direção espiritual. Se nos afastamos, estamos nos movendo ao contrário. É por este motivo que o pai na parábola quis dar uma festa apenas por ver o filho fazendo um movimento em sua direção.

Uma das verdades espirituais da psicoterapia é que a meta não é chegar, mas fazer um movimento. O sucesso na terapia não consiste em alcançar o interior do círculo da saúde mental; consistem na capacidade de fazer um movimento em direção às outras pessoas. Os pacientes que compreendem isso aproveitam melhor a terapia e conseguem entender por que o pai do filho pródigo deu uma festa para comemorar o movimento de volta.

Principio Espiritual: "Pecado é afastar-se de Deus e dos outros"


O papel do arrependimento na terapia

Quase todas as pessoas acham que arrepender-se significa sentir-se mal quando procedem errado. O arrependimento para elas é uma autopunição ou um sentimento de culpa que merecemos por fazer o que não deveríamos ter feito. Jesus não via o arrependimento dessa maneira. Embora o filho indisciplinado na parábola do filho pródigo sinta-se mal e insista afirmar que pecou contra o pai, Jesus mostra que o pai não se prende a esses sentimentos de culpa e alegra-se apenas por uma coisa: o filho mudou de ideia e voltou para casa. De acordo com Jesus, o ato de arrependimento do filho não aconteceu quando ele implorou o perdão do pai e sim quando decidiu mudar de vida e voltar para casa. O que fez a diferença foi o fato de ele ter mudado de ideia e de atitude.

A palavra grega para "arrependimento" na Bíblia e metanoia, que significa "mudar de ideia". É estar percorrendo um caminho em uma direção e decidir inverter o rumo e seguir por um caminho totalmente novo. Jesus falava sobre o arrependimento neste sentido. Ele não queria fazer as pessoas se sentirem mal a respeito de si mesmas; ele queria ajudá-las a mudar. É a mesma coisa que os terapeutas procuram fazer quando os pacientes os procuram.

O arrependimento desempenha o mesmo papel na psicoterapia. É preciso perceber a necessidade de mudar para que a terapia funcione. Para crescer tanto espiritual quando psicologicamente temos de modificar a nossa maneira de pensa e de agir.

Principio Espiritual: "As pessoas sábias estão sempre preparadas para mudar de ideia e de atitude; as tolas, jamais"



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

[53] O Tao de Warren Buffett

“Regra nº 53: Apreciamos o processo bem mais do que o dinheiro, embora eu tenha aprendido a viver com ele também”
Warren Buffett
Pessoas apaixonadas por seus trabalhos passarão a dominar seu ofício ou profissão, porque amam mais do que o dinheiro. O interessante da paixão é que o dinheiro costuma vir como consequência. Pessoas que amam o dinheiro mais do que o seu trabalho passam a vida trabalhando contrariadas e acabam ganhando bem menos do que se tivessem seguido seu coração desde o começo.


A melhor coisa quando se é apaixonado pelo trabalho é que aquilo não é realmente um trabalho: é diversão. Warren sempre disse que adora tanto o que faz que pagaria para ter seu trabalho. Mas ele não precisa pagar, porque ganha rios de dinheiro fazendo o que adora.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

[37] O Tao de Warren Buffett


“Regra nº 37: Com informações privilegiadas suficientes e US$ 1 milhão, você pode ir a falência em um ano.”
Warren Buffett

Caia na real: no momento em que uma informação privilegiada chega até você, todo mundo já a ouviu e já fez negócios com base nela. Além disso, negociar com base em informações privilegiadas é contra lei.

Warren afirmou várias vezes que uma das vantagens de moram em Omaha é que não há ninguém por perto para sussurrar notícias sigilosas no seu ouvido na hora do almoço. Com frequência, tipos inescrupulosos lançam rumores para provocar a alta de ações e depois desová-las no colo de investidores ingênuos. Bernard Baruch, grande investidor da década de 1920, ficou famoso por se desfazer de uma ação assim que alguém lhe dava uma dica quente sobre ela. Baruch, por sinal, morreu riquíssimo.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.