domingo, 22 de janeiro de 2012

Entendendo o pecado e a psicopatologia (1/2)


A patologia do egoísmo

O ponto inicial tanto da salvação quando da saúde psicológica é reconhecer que precisamos dos outros. Do ponto de vista espiritual, necessitamos de um relacionamento com Deus para sermos completos. De um ângulo psicológico, nossa saúde mental depende da nossa capacidade de nos relacionarmos bem com os outros. Se encaramos as outras pessoas como adversários dos quais precisamos nos proteger, nos tornamos defensivos e corremos o risco de prejudicar exatamente aquilo que estamos tão arduamente tentando proteger.

Jesus ensinou que os seres humanos são seres essencialmente de relação. Ele frequentemente mencionava a importância de nossa relação com Deus e com os outros. Para Jesus, a saúde espiritual acontece quando os relacionamentos estão intactos, e o pecado, quando eles estão rompidos.

Quanto temos medo de que as nossas necessidade não serão satisfeitas, nos envolvemos em atos impulsivos de autopreservação ou em mecanismos de defesa para nos proteger. Esses mecanismos infelizmente tornam-se psicopatologia que nos separa não apenas das outras pessoas como também do nosso verdadeiro eu. Jesus declarou que os seres humanos não podem existir como ilhas; os psicólogos afirmam que não podemos ser completos sem nos relacionarmos com os outros. Tanto o pecado quanto a psicopatologia resultam de atos desesperados de autopreservação que colocam o egoísmo no cerne dos nossos problemas espirituais e psicológicos.

Principio Espiritual: "O egoísmo é pecado e psicopatologia"


A saúde e a salvação são movimento em direção aos outros

Assisti certa vez a uma palestra apresentada por um antropólogo que mostrou por que determinadas culturas no mundo não conseguiam entender as descrições de cristianismo feitas pelos missionários americanos. Explicou que nos Estados Unidos pensamos em função de conjuntos fechados e limitados. Representou o que queria dizer através de uma série de círculos e quadrados, para demonstrar como achamos que as pessoas pertencem a certos grupos e não a outros. Os cristãos estão dentro de um círculo e os não-cristão do lado de fora. Achamos que se entrarmos no círculo do cristianismo estaremos salvos. Se não entrarmos, seremos condenados.

Sempre acreditei que a terapia fosse um processo de movimento espiritual. A presença de Deus não e mencionada na terapia, mas isso não impede que Deus crie movimento em nossa vida. Eu creio nisso. Quando meus pacientes percebem uma ausência desse movimento na terapia, ou seja, quando não sentem que as coisas estão progredindo, eles se consideram "empacados". Depois, quando as coisas começam a fazer sentido e eles acham que a terapia está funcionando, fazem observações como: "Agora estamos indo para algum lugar". Embora, na sua maioria, os pacientes não tenham uma ideia clara de para onde querem ir, ele desejam chegar a algum lugar o mais rápido possível.

Jesus ensinava que o pecado é qualquer coisa que nos separe de Deus e dos outros. Esta é a mensagem que ele queria transmitir na parábola do filho pródigo. Se estamos avançando em direção a Deus e aos outros, estamos nos movendo em uma direção espiritual. Se nos afastamos, estamos nos movendo ao contrário. É por este motivo que o pai na parábola quis dar uma festa apenas por ver o filho fazendo um movimento em sua direção.

Uma das verdades espirituais da psicoterapia é que a meta não é chegar, mas fazer um movimento. O sucesso na terapia não consiste em alcançar o interior do círculo da saúde mental; consistem na capacidade de fazer um movimento em direção às outras pessoas. Os pacientes que compreendem isso aproveitam melhor a terapia e conseguem entender por que o pai do filho pródigo deu uma festa para comemorar o movimento de volta.

Principio Espiritual: "Pecado é afastar-se de Deus e dos outros"


O papel do arrependimento na terapia

Quase todas as pessoas acham que arrepender-se significa sentir-se mal quando procedem errado. O arrependimento para elas é uma autopunição ou um sentimento de culpa que merecemos por fazer o que não deveríamos ter feito. Jesus não via o arrependimento dessa maneira. Embora o filho indisciplinado na parábola do filho pródigo sinta-se mal e insista afirmar que pecou contra o pai, Jesus mostra que o pai não se prende a esses sentimentos de culpa e alegra-se apenas por uma coisa: o filho mudou de ideia e voltou para casa. De acordo com Jesus, o ato de arrependimento do filho não aconteceu quando ele implorou o perdão do pai e sim quando decidiu mudar de vida e voltar para casa. O que fez a diferença foi o fato de ele ter mudado de ideia e de atitude.

A palavra grega para "arrependimento" na Bíblia e metanoia, que significa "mudar de ideia". É estar percorrendo um caminho em uma direção e decidir inverter o rumo e seguir por um caminho totalmente novo. Jesus falava sobre o arrependimento neste sentido. Ele não queria fazer as pessoas se sentirem mal a respeito de si mesmas; ele queria ajudá-las a mudar. É a mesma coisa que os terapeutas procuram fazer quando os pacientes os procuram.

O arrependimento desempenha o mesmo papel na psicoterapia. É preciso perceber a necessidade de mudar para que a terapia funcione. Para crescer tanto espiritual quando psicologicamente temos de modificar a nossa maneira de pensa e de agir.

Principio Espiritual: "As pessoas sábias estão sempre preparadas para mudar de ideia e de atitude; as tolas, jamais"



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

[53] O Tao de Warren Buffett

“Regra nº 53: Apreciamos o processo bem mais do que o dinheiro, embora eu tenha aprendido a viver com ele também”
Warren Buffett
Pessoas apaixonadas por seus trabalhos passarão a dominar seu ofício ou profissão, porque amam mais do que o dinheiro. O interessante da paixão é que o dinheiro costuma vir como consequência. Pessoas que amam o dinheiro mais do que o seu trabalho passam a vida trabalhando contrariadas e acabam ganhando bem menos do que se tivessem seguido seu coração desde o começo.


A melhor coisa quando se é apaixonado pelo trabalho é que aquilo não é realmente um trabalho: é diversão. Warren sempre disse que adora tanto o que faz que pagaria para ter seu trabalho. Mas ele não precisa pagar, porque ganha rios de dinheiro fazendo o que adora.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

[37] O Tao de Warren Buffett


“Regra nº 37: Com informações privilegiadas suficientes e US$ 1 milhão, você pode ir a falência em um ano.”
Warren Buffett

Caia na real: no momento em que uma informação privilegiada chega até você, todo mundo já a ouviu e já fez negócios com base nela. Além disso, negociar com base em informações privilegiadas é contra lei.

Warren afirmou várias vezes que uma das vantagens de moram em Omaha é que não há ninguém por perto para sussurrar notícias sigilosas no seu ouvido na hora do almoço. Com frequência, tipos inescrupulosos lançam rumores para provocar a alta de ações e depois desová-las no colo de investidores ingênuos. Bernard Baruch, grande investidor da década de 1920, ficou famoso por se desfazer de uma ação assim que alguém lhe dava uma dica quente sobre ela. Baruch, por sinal, morreu riquíssimo.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.