sábado, 30 de junho de 2012

[97] O Tao de Warren Buffett

"Regra 97: Se eles precisam da minha ajuda para gerir a empresa, ambos estamos provavelmente em apuros"
Warren Buffett


O fato de você ser um grande investidor não significa que seja um gerente de negócios habilidoso. Reconhecer o talento é diferente de ter talento. Um grande investidor precisa ser capaz de reconhecer o talento – assim como um técnico de futebol precisa ser capaz de reconhecer um grande jogador. Warren sabe o que buscar num gerente – mas ele próprio não tem bom domínio de bola. Conhecer suas habilidades e as habilidades dos outros e ser capaz de tirar proveito de ambas é a chave para dirigir uma empresa bem sucedida. Warren diz que seu segredo para ampliar uma corporação por meio de aquisições diversas é comprar, por um preço razoável, uma boa empresa que já está sendo gerida por administradores competentes e depois sair do caminho e deixa-los trabalhar. Veja bem: quando Grady Rosier, o CEO da McLane Company, uma subsidiária da Berkshire, telefonou perguntando se haveria problemas em comprar alguns jatinhos executivos novos, Warren respondeu: “A decisão é sua, você é que tem que gerir a empresa.”

Embora a Berkshire possua cerca de 180 mil funcionários, somente 17 ficam no escritório central. Em essência, Warren deixa seus gerentes dirigentes sozinhos as suas empresas, incumbindo-os de todas as decisões operacionais. É fácil gerir uma corporação gigantesca se você deixa outras pessoas responsáveis por todo o serviço pesado: o segredo está em ter os gerente certos e deixa-los em paz para fazer seu trabalho.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Entendendo o vício (1/2)

O vício e a idolatria

Jesus não tinha uma palavra para o vício, mas ele compreendia que, quando criamos "deuses" que exigem a nossa atenção a ponto de destruirmos os nossos relacionamentos com outras pessoas, certamente estamos com graves problemas. A palavra que ele usava para isso era idolatria.

Jesus disse algo ao homem rico: "Vende todas as coisas que tens, distribui o dinheiro aos pobres." Jesus desejava que o homem percebesse que as suas "coisas" ocupavam o centro do seu interesse. O homem tinha substituído um relacionamento genuíno com Deus por "coisas". Ele se viciara nos seus ídolos.

Principio Espiritual: "Nenhum substituto do amor perdura."


O problema com as drogas

O motivo pelo qual as pessoas não conseguem abandonar os seus vícios é o fato de eles funcionarem - temporariamente. Voltar-se para algo que produz repetidamente uma espécie de conforto dá às pessoas uma falsa sensação de segurança. Elas conseguem afastar a dor de não conseguirem satisfazer as suas necessidades mais profundas. Os relacionamentos são desafiantes e trabalhosos porque nos fazem exigências. As coisas concretas são sempre as mesmas; sabemos o que esperar delas.

No entanto, a satisfação proveniente do uso de coisas materiais como substitutos não é duradoura. A dor das necessidades essenciais acaba reaparecendo, e por isso voltamos à solução mais fácil, apesar de descobrirmos aos poucos que ela não é suficiente. Passamos então a precisar de uma quantidade cada vez maior, embora algo dentro de nós saiba que não é dela que realmente precisamos. É por isso que o vício é chamado de doença progressiva.

Jesus sabia que, quando passamos a nos apoiar em coisas materiais para nos sentirmos seguros, é muito difícil desistir delas. Foi isso que ele quis transmitir quando disse que "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus". Ele não estava falando a respeito de dinheiro e sim de idolatria. É fácil viciarmos-nos em coisas materiais e acreditar que elas podem substituir as nossas necessidades emocionais. Quando nos viciamos nelas, é muito difícil largá-las.

Principio Espiritual: "O problemas das drogas é que elas nos fazem sentir melhor - apenas temporariamente."


As drogas não podem nos ajudar a crescer

Jesus constantemente orientava as pessoas para as coisas eternas. Ele sabia que a nossa atração pela gratifiicação instantênea resulta em uma satisfação temporária e em uma instatisfação crônica. Ele sabia que a euforia da idolatria é apenas um antídoto para a dor e o desapontamento na nossa vida. O sofrimento pára, mas apenas temporariamente. Esse tipo de antídoto neutraliza os sintomas, mas não cura.

Jesus nunca encorajou as pessoas a evitar o sofrimento na vida, porque ele não estava interessado em um alívio rápido. Ele não queria que as pessoas apenas se sentissem melhor, mas que elas efetivamente melhorem. A idolatria pode momentaneamente evitar a dor, mas impede também o crescimento. Enquanto nos preocupamos com os ídolos, permanecemos imaturos. A idolatria ajuda as pessoas a evitar as coisas, ao passo que o crescimento só acontece quando as enfrentamos.

Principio Espiritual: "Os viciados veneram um Deus egoísta."


O vício religioso

Para Jesus, a religião e a idolatria eram absolutamente diferentes. Os fariseus e os escribas eram pessoas sinceramente religiosas que não se consideravam idólatras, porque adoravam a Deus. Mas Jesus advertiu que não devemos usar a religião para parecer íntegros, escondendo dentro de nós nossos verdadeiros sentimento. Para ele, a integridade baseada nos relacionamentos era muito mais importante do que a integridades fundamentada em dogmas. Aquilo que Jesus descrevia como idolatria eu vejo hoje no meu consultório como vício.

Para Jesus, o propósito da religião era favorecer o relacionamento com Deus e com os outros e não substituí-los. Às vezes as pessoas usam a religião para se sentirem melhor, exatamente como os ciciados com as drogas. No caso da idolatria, as leis e os rituais religiosos se tornam a "droga", proporcionando às pessoas à ilusão de serem melhores do que realmente são.

Principio Espiritual: "A religião é um caminho e não um destino."



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

sábado, 23 de junho de 2012

[8] O Tao de Warren Buffett

"Regra 8: Você deveria investir como um católico se casa: Para o resto da vida"
Warren Buffett

Warren sabe que, se você encara uma decisão de investimento da perspectiva de que nunca poderá desfazê-la, com certeza fará o dever de casa antes de se lançar de cabeça. Você não se atiraria a um casamento sem antes fazer sua pesquisa (namorar), discuti-lo com seus conselheiros (amigos de bar) e pensar longas e profundamente a respeito, não é mesmo? Tampouco deve se atirar a um invstimento sem saber muito sobre a empresa e ter certeza de que a compreende. Mas é o fator vitalicio que realmente faz dinheiro. Veja nesse caso: em 1973, Warren investiu US$ 11 milhões na Washington Post Company, e continua casado com esse investimento até hoje. Nesses 33 anos em que foi fiel a ele, se valor cresceu para US$ 1,5 bilhão. A convicção de manter o rumo pode trazer recompensas celestiais, contanto que você tenha escolhido o rumo para certo para comeco de conversa.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

terça-feira, 19 de junho de 2012

[parte 05] Jesus, o maior psicólogo que já existiu - Entendendo a religião (2/2)

Por que Jesus adiava o fundamentalismo religioso

Embora Jesus certamente fosse discordar das conclusões de Freud a respeito de religião em geral, ele concordaria com a crítica especifica aos fundamentalistas religiosos. Jesus detestava o uso distorcido da religião e a via como uma estrutura que torna mais fácil o relacionamento com Deus, e não como um conjunto rígido de regras que fazem as pessoas se sentirem bem ou mal.

Jesus considerava a infidelidade um pecado nocivo para os relacionamentos. Mas ele queria que a Sagrada Escritura fosse usada para beneficiar o nosso relacionamento com Deus e com as outras pessoas e não para nos dar poder sobre elas. As pessoas às vezes acreditam que as escrituras contêm provas de que elas estão certas, quando na verdade estão espiritualmente erradas. As vezes pessoas usam a religião como uma defesa pára não examinar a maneira como ela própria contribuíra para os problemas de relacionamento. Não é esse o objetivo da religião. Esse é o tipo de fundamento religioso que torna as regras mais importantes do que as pessoas e não contribui em nada para o crescimento espiritual.

 Quando as regras passam a ser mais importantes do que os indivíduos que as seguem, a religião pode tornar-se nociva. Jesus considerava ofensivo as pessoas pegarem as Escrituras, que têm potencial de uni-las a Deus e aos outros, e as usarem para exercer poder. Para Jesus, a religião deveria produzir compaixão e conexão e não arrogância e autoritarismo.

 Principio Espiritual: "A verdadeira religião fortalece a compaixão e a ligação com Deus e os outros."


 O problema com a religião

No decorrer da história, muitas pessoas se engajavam em várias formas de sacrifício como parte da prática religiosa. Abrir mão dos desejos pessoas em beneficio dos outros pode ser um sinal de verdadeira compaixão quando motivados pelo amor. No entanto, o sacrifício desprovido de amor é uma religião vazia.

Jesus acreditava que a religião destituída de amor é sinônimo de religião vazia. É por isso que ele desejava "misericórdia" em vez de sacrifícios. A adesão rígida a práticas religiosas que perdem de vista o propósito original de desenvolvermos uma relação de amor com os outros é uma religião negativa. Jesus amava a religião, mas odiava a rigidez. O problema não é a religião e sim a sua prática inflexível que priva as pessoas do que elas têm de melhor.

Princípio Espiritual: "O problema não é a religião e sim a rigidez religiosa."


O propósito da religião

Jesus sabia que algumas pessoas usam a religião, mas que outras a vivem. Jesus condenava seu uso para alcançar uma posição social, oportunidades de apoio ou poder sobre os outros. Seu propósito é nos trazer vida. Estava evidente nos ensinamentos de Jesus que o amor e a reconciliação com os outros são mais importantes do que qualquer ritual religioso. A prioridade dele era clara: "Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão."

Princípio Espiritual: "A religião tem um único propósito: ligar-nos amorosamente a Deus e aos outros."


O propósito das regras espirituais

Os psicólogos que estudaram o desenvolvimento da moral humana chegaram a uma interessante conclusão. Começamos a vida com regras bastante concretas para lidar com as questões morais. Temos que seguir as regras. À medida que amadurecemos, compreendemos que as regras são diretrizes e não leis rígidas que devem ser obedecidas.

A primeira vista essa afirmação pode dar a impressão de que estou dizendo que quanto mais as pessoas se desenvolvem moralmente, mais elas fazem apenas o que querem. No entanto, as pesquisas demonstram que no mais elevado nível de desenvolvimento moral, nós, seres humanos, levamos em conta não apenas as nossas necessidades, mas também as dos outros. Na vida dos poucos que alcançaram os estágios superiores da evolução moral podemos observar o que Jesus ensinou, ou seja, que as regras só existem para nos ajudar a amar.

Jesus ensinou que a forma mais elevada de desenvolvimento humano é amar os nossos semelhantes. Embora devamos aspirar a esse estado, não é fácil alcançá-lo. Todas as religiões contêm um conjunto de regras ou rituais que são usados para estruturar as atividades religiosas dos participantes. As regras que Jesus praticava serviam para facilitar o amor aos outros. Para ele, os mandamentos de Deus existiam para ajudar os serem humanos a alcançar o seu estado mais elevado, desenvolvendo a capacidade de "amar uns aos outros".

Principio Espiritual: "Quando o amor é a lei, nós nos apoiamos nela para nos desenvolvermos."

sexta-feira, 15 de junho de 2012

[7] O Tao de Warren Buffett

"Regra 7: É mais fácil evitar problemas do que se livrar deles"
Warren Buffett

É bem mais facil evitar a tentação de infrigir a lei para ganhar dinheiro fácil do que lidar com as consequencias se você for pego. Para evitar problemas, basta fazer o que é certo na hora certa. Para se livrar de problemas, você precisa de um monte de dinheiro, um monte de bons advogados e, mesmo assim, poderá acabar cumprindo pena por um longo tempo.

Essa lição foi aprendida quando Warren quase perdeu todo o seu investimento de US$ 700 milhòes na empresa Salomon Brothers de Wall Street. O Federal Reserve Bank por pouco não fechou a empresa inteira por suas atividades ilegais de negociação de títulos - praticadas por um corretor que queria ganhar uma bolada fácil. Quando custou se livrar do problema? Custou empregos de seu presidente e CEO, e milhões em honorários advocatícios, multas, processos e negócios perdidos. Teria sido bem mas fácil, e mais rentável, evitar os problemas desde o princípio.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entendendo a religião (1/2)

Rituais Religiosos

O ritual é uma ação concreta que simboliza uma realidade espiritual. Jesus acreditava que os rituais religiosos eram positivos quando usados para nos lembrar que temos um relacionamento com Deus e com os outros, mesmo nos momentos em que isso é difícil. Temos tendência ao esquecimento e muitas vezes realizamos os rituais de forma puramente mecânica, esvaziando-os do conteúdo.

Jesus sabia que todos temos momentos em que precisamos de algo palpável que nos faça lembrar o valor dos nossos relacionamentos. As vezes precisamos de demonstrações físicas de que o amor existe, e os rituais concretos podem exercer essa função. Os rituais religiosos podem ser positivos, desde que lembremos do seu objetivo.

Principio Espiritual: "Os rituais nos ajudam a lembrar o amor."


As coisas ficam mais cinzas à medida de crescemos

Jesus acreditava que o simbolismo religioso era útil para pessoas de todos os níveis de educação e inteligência. Ele sempre falava por meio de parábolas para que as pessoas pudessem entender o significado dos seus ensinamentos. Fornecer às pessoas imagens concretas com as quais elas pudessem se identificar as ajudava a compreender princípios espirituais mais abstratos. Jesus era um exímio contador de histórias porque conhecia o poder do simbolismo na comunicação de ideias.

A pessoa espiritualizada está em constante desenvolvimento. Coisas que foram um dia vistas em "preto e branco" adquirem "nuanças de cinza" à medida que vamos crescendo. Jesus instituiu rituais religiosos para que nos lembrássemos dele e não porque os rituais tivessem a capacidade mágica de nos tornar poderosos. Algumas pessoas fazem os gestos e repetem as palavras dos rituais sem perceber o sentido que eles encerram. Seguir regras e executar rituais sem entender que eles se destinam a favorecer o relacionamento com Deus e com a outras pessoas é praticar uma religião vazia que não favorece o crescimento espiritual.

Principio Espiritual: "Os rituais favorecem o amor; eles não o substituem."


Por que Freud odiava o fundamentalismo religioso

Freud odiava a religião. Não creio que seja necessário abordar aqui a criação religiosa de Freud e o que fez com que ele tivesse tanta raiva da religião. Para Freud, ela era uma ilusão que as pessoas usavam para defender-se do sentimento de que estavam desamparadas no mundo. Segundo essa perspectiva, as pessoas vivem de forma superficial, escondendo-se atrás de rituais e regras religiosas, em vez de enfrentar significados e sentimento mais profundos. Algumas pessoas de fato fazem isso, principalmente os fundamentalistas religiosos.

Jesus discordaria da opinião de Freud a respeitos da religião. Para ele, reconhecer a nossa impotência era um sinal de maturidade espiritual, e pedir a ajuda de Deus e dos outros era a melhor coisa a ser feita. A religião não foi feita para ser uma defesa contra a sensação de desamparo; ela é uma resposta positiva a este sentimento que nos abre a um relacionamento com alguém capaz de nos ajudar quando precisamos. Para Jesus, todos vivemos sensações de desemparo e todos necessitamos de Deus.

Princípio Espiritual: "A saúde começa com o reconhecimento de que não somos Deus."




Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

[67] O Tao de Warren Buffett

"Regra 67: Uma diversificação ampla sé é requerida quando os investidores não entendem o que estão fazendo"
Warren Buffett

Se alguns consultores de investimento estão tentando vender-lhe a ideia de diversificar sua carteira de ações, é porque eles não sabem o que estão fazendo e querem protegê-lo da ignorância deles. E se você não sabe o que está fazendo, a diversificação é um caminho sensato, oferecendo um mínimo de proteção contra a perda total e um potencial mediano de crescimento a longo prazo. Entretanto, ela nunca o deixará rico, porque a estratégia se baseia no cancelamento recíproco entre vencedores e perdedores. Mas também não o deixará pobre.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.