quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

[09] O Tao de Warren Buffett


"Regra 9: Wall Street é o único lugar para onde as pessoas vão de Rolls-Royce pedir conselhos a quem pega o metrô."
Warren Buffett


Warren sempre achou estranho que homens de negócios extremamente bem sucedidos e inteligentes, que dedicaram suas vidas a ganhar montanhas de dinheiro, peçam conselhos sobre investimentos a corretores de ações pobres demais para seguir seus próprios conselhos. E se seus conselhos são tão bons, porque não são todos ricos? Será porque as comissões que ele paga são bem melhores do que os conselhos que eles dão? Cuidado com pessoas que precisam usar seu dinheiro para tornar você rico, especialmente se quanto mais venderem pra você, mais dinheiro ganharão. Com frequência, o objetivo delas é usar o seu dinheiro pra ficarem ricas. E se perderem o seu dinheiro? Bem, elas simplesmente sairão em busca de outra pessoa para vender seus conselhos.

Warren desconfia tanto da lealdade de Wall Street que se recusa até a examinar as projeções de negócios realizadas por seus analistas, porque, qualquer que seja a natureza do negócio, as projeções são sempre otimistas demais.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Deus e o Inferno


Inconscientemente nunca acreditei que Deus pudesse lançar uma alma ao inferno por toda a eternidade. É crueldade demais! Eu não admitiria que um homem fizesse isso. Como poderia admitir que Deus o fizesse? E também nunca fui atraído pelas propaladas delicias do céu.

Para dizer a verdade, não conheço nem uma pessoa que esteja ansiosa por deixar as pequenas alegrias desta vida para gozar eternamente a felicidade celestial perfeita. As pessoas religiosas que conheço cuidam bem da saúde, caminha, fazem hidroginástica, controlam o colesterol, a pressão, a glicemia... Eles querem continuar por aqui. Não querem partir.


Fonte: “Se eu pudesse viver minha vida novamente...”, Textos selecionados de Rubem Alves, editora Verus, 2006.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Trabalhar demais emburrece

Um estudo da Unversity College London com mais de 2 mil funcionários públicos ingleses concluiu que, comparando testes de cognição feitos entre um intervalo de cinco anos, pessoas que trabalhavam mais de 11 horas por dia tiveram uma queda maior de memória de curto e longo prazo, raciocínio abstrato, criatividade e solução de problemas em relação a quem segue uma jornada de oito horas.

Uma razão para isso é que quem trabalha por muitas horas deixa de praticar outras atividades importantes para a saúde mental. Mas o que fazer se a carga de trabalho for muito grande? Bom, a resposta não está em quanto, mas em como se trabalha. Passar muitas horas trabalhando não é sinônimo de produtividade. Pode ser, na verdade, ao contrário. Workaholics trabalham mais não por produzirem mais e melhor, mas porque precisam de mais tempo para produzir a mesma coisa, seja por serem controladores que não conseguem trabalhar em equipe, seja por estabelecer expectativas irreais.

Isso, segundo o psicoterapeuta Bryan Robinson, autor de Chained to the Desk (“acorrentado a mesa”, sem versão no Brasil), é um tiro no pé.Eles criam estresse e desgaste para si e para seus colegas, causando baixo estado de ânimo, falta de harmonia, conflito interpessoal, baixa produtividade, perde de criatividade e de cooperação e absenteísmo por conta de doenças relacionadas ao estresse.” Quem é viciado em trabalho já sentiu isso. O melhor, por tanto, não é fazer tudo hoje, mas estabelecer prioridades, delegar tarefas -  e não abrir mão de sua vida. Só assim você estará 100% amanhã.

As quatro faces dos workaholics

  • O implacável: Nas sabe dizer “não”. Assume mil responsabilidades sem conseguir priorizar o que importa nem delegar tarefas a outras pessoas. Com tanta coisa a fazer em pouco tempo, acaba deixando passar muitos erros.
  • O bulímico: Por ter autoestima baixa, cria expectativas altas demais de como devem ser seus resultados. Isso lhe dá medo de começar projetos e, quando começa, trabalha a exaustão, extremamente preocupado com o risco de cometer erros.
  • O desatento: Tem prazer com muitas ideias e, assim, começa uma imensidão de projetos. Porém, sente-se enfadado quanto precisa leva-los adiante. Acaba fazendo tudo sem muito empenho, pensando em outras coisas.
  • O degustador: Detalhes o preocupam tanto que ele acaba paralisado, reescrevendo a mesma frase, rechecando algo. Como acha que ninguém será cuidadoso como ele, não consegue passar o bastão.
E aí, você se identificou com algum perfil?

Fonte: Revista Super Interessante, ed 34, janeiro/13 - ed Abril

Só a solidão consegue...


Sofri a dor da solidão e da rejeição. Mas foi esse espaço de solidão na minha alma que me fez pensa coisas que de outra forma eu não teria pensado.


Fonte: “Se eu pudesse viver minha vida novamente....”, Textos selecionados de Rubem Alves, editora Verus, 2006.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Você realmente quer ser livre?


Todo mundo diz que quer liberdade. É mentira. A liberdade traz muita confusão à cabeça. Melhores são as rotinas, que nos livram da maçada de ter que tomar decisões sobre o que fazer com a liberdade. Quem tem rotina não precisa tomar decisões. A vida já esta decidida.


Fonte: “Se eu pudesse viver minha vida novamente....”, Textos selecionados de Rubem Alves, editora Verus, 2006.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

[06] O Tao de Warren Buffett


"Regra 6: Depois de assinar um contrato, não da mais para voltar atrás; portanto, pense em tudo antes de assinar."
Warren Buffett


Warren aprendeu que, uma vez assinado, o negócio está fechado. Não é possível voltar atrás e repensar se foi um bom ou um mal negócio. Portanto, pense bem antes de assinar. É mais fácil falar do que fazer, pois, uma vez com aquele papel diante de seus olhos, o raciocínio sensato pode ser sacrificado pela ânsia de fechar o negócio. Antes de assinar um contrato, imagine todas as coisas que poderiam dar errado – porque, muitas vezes, elas darão mesmo. O caminho das boas intensões está repleto de obstáculos que eram previsíveis. Pensar longa e profundamente antes de dar o salto o poupará de ter de pensar longa e profundamente em todos os problemas que acabou de comprar.

Warren se esquece de incluir uma cláusula de não-concorrência no contrato com Rose Blumkin, de 89 anos, ao comprar sua loja de móveis em Omaha, a Nebraska Furniture Mart. Alguns anos depois, a Sra. Blimkin aborreceu-se com a maneira como os negócios vinham sendo conduzidos na loja, de modo que sai e abriu uma loja nova do outro lado da rua – roubando um monte de negócios da NFM. Após alguns anos de concorrência acirrada, Warren cedeu e concordou em compra a loja nova por US$ 5 milhões. Na segunda vez, ele a fez assinar um acordo de não-concorrência, e ainda bem que fez isso, pois ela continuou no ramo até os 103 anos.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.