sexta-feira, 27 de abril de 2012

Geração Y, um desabafo

Na minha opinião uma visão simples, porem objetiva e resumida frente a essa "xaropisse" de geração Y, X, Z e etc. que andam falando tanto...


Estou cansado da visão preconceituosa e preconcebida que muitos “mais velhos” estão fazendo sobre os jovens de hoje, os chamados Geração Y.

Li Machado de Assis obrigado e achei uma merda. Jantava e assistia novela com a família como parte dos meus deveres de filho, não por opção. Aprendi a dizer obrigado, Sr., Sra., ou seja, a manifestar respeito o que não significa o mesmo que sentir respeito. Aprendi uma história brasileira (falsa) que tinha sido montada pelos militares! Minhas opções profissionais eram funcionais (ofícios) e não baseadas em talentos. E fui criado para ser alguém na vida e não ser feliz na vida!

Achar que isso é melhor, mais profundo, mais bacana ou mais qualquer coisa do que os jovens de hoje é de uma prepotência sem tamanho!

Não aceito também o lado oposto de achar que os jovens hoje são melhores. Eles são diferentes, muitas coisas melhores, outras nem tanto e algumas piores. Só isso.

A Geração Y é a geração da opção. Cresceram com todas as opções de vida abertas a eles. Querem ser felizes. Sentem que o planeta precisa de ajuda. Gostam da coisa coletiva e têm a web que lhes abre o mundo.

Vai dizer que tudo isso não é incrível? É!

Obviamente tem o outro lado: ter todas as opções pode significar nunca escolher nenhuma. Sofrer pelo planeta pode significar uma desconexão com o mundo industrial moderno e com o trabalho. Ter o mundo a seus pés na web pode gerar uma enorme dispersão. Não encontrar significado nas coisas do dia-a-dia do mundo pode gerar jovens perdidos.

Trabalho com e para jovens e, apesar dos desafios que menciono, sou um otimista e acho que a soma das coisas positivas da Geração Y é muito maior do que a soma das negativas e que – se a gente deixar – essa Geração Y pode construir um mundo muito melhor do que nós (os respeitosos, os profundos, os pensadores, os leitores de jornal, etc. etc. SIC, SIC, SIC, SIC) construímos.

Fonte: http://resultson.com.br/blog/geracao-y-um-desabafo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ResultsON+%28ResultsON+-+Neg%C3%B3cios+Inteligentes%29

sábado, 14 de abril de 2012

[19] O Tao de Warren Buffett

"Regra 19: Se eu não consigo ganhar dinheiro no mercado americano, que vale US$ 5 trilhões, talvez seja um pouco fantasioso imaginar que me bastará viajar alguns milhares de quilômetros além das fronteiras para, aí, sim, começar a mostrar o meu valor."
Warren Buffett

O estranho dessa citação é que, 10 anos depois, Warren cruzou as fronteiras para mostrar seu valor. Em 2003, comprou uma participação de cerca de US$ 500 milhões na PedroChina, uma companhia petrolífera 90% pertencente ao governo chinês, o que significa, como Warren observou com bom humor, que "juntos, nós controlamos a empresa".

A PetroChina é a quarta empresa de petróleo mais rentável do mundo. Produz tanto petróleo bruto quanto a Exxon, e Warren comprou suas ações a um terço do valor das companhias petrolíferas ocidentais. Pois sabia que ela subiriam 400% desde então. Se isso não é mostrar o seu valor, não sei o que é.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

[48] O Tao de Warren Buffett

"Regra 48: Você conseguiria realmente explicar a um peixe como é andar em terra firme? Um dia em terra firme vale por mil anos falando no assunto, e um dia gerindo uma empresa tem exatamente o mesmo tipo de valor."
Warren Buffett

Como dizem no meio militar, tudo é brincadeira até que alguém começa a atirar de volta. O mesmo se aplica ao mundo dos negócios.

Lidar com problemas de fabricação de verdade, atrair e conservar clientes de verdade é o que distingue o mundo acadêmico do mundo real da administração. Na Nebraska Furniture Mart, em Omaha, pertencente à Berkshire, a fundadora e dirigente máxima da empresa, Sra. Blumkin, conquistou uma vitória empresarial após outra, década após década, com as tropas da linha de frente da Mart. Idade e experiência valem mais que juventude e  entusiasmo, eis o grito de guerra de Warren, que faz caixa a caixa registradora da Berkshire tilintar e tilintar...

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 7 de abril de 2012

[88] O Tao de Warren Buffett

"Regra 88: Eu só compraria esses papéis no dia 30 de fevereiro"
Warren Buffett

Aqui Warren está falando do lançamento inicial das ações ou dos títulos de uma empresa por meio de um banco de investimentos. Ele acha que o banqueiro de investimento que realiza a venda já estipulou um preço pleno para o lançamento. Não há chance do investidor vir a obter um preço de barganha. Por estes motivos, Warren tem se afastado dos lançamentos de ações desde que começou sua carreira de investidor.

Ele gosta de esperar até que os papeis tenha sido negociados por algum tempo e a miopia do mercado de ações tenha tido uma chance de subestimar seu preço. A regra é simples: os banqueiros de investimentos jamais oferecerão uma barganha, mas o mercado de ações sim.

Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ocupação ilegal e moradia

Posto esse artigo de Basílio Jafet (O Estado de São Paulo, Imóveis 1, 25/03/2012) porque ele reflete clara e diretamente meu pensamento sobre um assunto muito distorcido, a meu ver, nos dias de hoje. No meio do texto faço meus comentário, sinalizados pelas iniciais N.A.B. (que significam Nota do Autor do Blog).


Ocupação ilegal e moradia


A polêmica que se sucedeu à ação de reintegração de posso no Pinheirinho, no município de São José dos Campos, oferece-nos importantes elementos para reflexão, além de ser um exemplo contundente de antagonismo à brasileira.


Chama atenção, mais uma vez, a insegurança jurídica, que figura como um dos principais obstáculos ao pleno desenvolvimento do País.


Frequentes vezes, sob disfarce de "movimentos sociais", grupos focados tão somente na obtenção de dividendos políticos, organizam invasões, promovem quebra-quebras e atacam sistematicamente o direito à propriedade.


Para colaborar, a Justiça demora demais para restabelecer o direito de posse. No caso em questão, transcorreram oitos anos até que o Judiciário julgasse o processo.


Vale lembrar que a área do Pinheirinho pertence a massa falida de uma empresa e, portanto, será utilizada para ressarcimento de credores - incluindo pessoas que ficaram sem receber seus vencimentos na época da falência.


N.A.B. - Muitas pessoas falam que essa ação foi movida pela especulação imobiliária ou citam outras questões. Mas acho que precisamos dividir alguns assuntos aqui: uma coisa é o fato que alguém invadiu uma área privada (que não era dele) e simplesmente passou a morar lá (quando não construir e alugar pra outros morarem); outra coisa completamente distinta é o fato da justiça ter demorado quase uma década pra dar a reintegração de posse somado a possíveis interesses escusos para agilizar esse processo. Seja qual for o motivo (nobre ou mesquinho), nada justifica alguém tomar posse ilegalmente de algo, seja por qual motivo for. Sem observamos essa premissa, não há ordem social que consiga manter uma sociedade em nível mínimo de civilidade. 


Direito. Afinal, não importa se a propriedade é de pessoa física ou jurídica, financeiramente saudável ou não. O que vale, o importante, é o direito de propriedade, que deve ser preservado e, neste caso, não foi observado durante quase uma década.


Ao mesmo tempo em que o Pinheirinho ia sendo ocupado sistematicamente de forma irregular, o Brasil avançava econômica e socialmente, e via diminuir a distância entre pobres e ricos.


O mundo tem acompanhado com atenção o surgimento, por aqui no Brasil, de uma nova classe média, que por meio de trabalho e da educação tem colaborado com o fortalecimento da economia interna.


Na área habitacional, o lançamento do programa de acesso à moradia "Minha Casa, Minha Vida" foi um grande passo no sentido de estabelecer uma política perene de habitação. E isso com foco no atendimento às famílias com renda de até três salários mínimos e com a concessão de subsídios para expandir o financiamento imobiliário.


Por meio do programa, já são mais de 1,1 milhão de unidades contratadas pela Caixa Econômica Federal. Também, estados e municípios têm se aliado ao governo federal na tentativa de solucionar o déficit habitacional.


Os empreendedores imobiliários de todas as partes do país, por sua vez, trabalham cada vez mais para solucionar o problema de falta de moradia digna para as famílias de baixa renda.


Inversamente a tudo isso, desponta a invasão do Pinheirinho, que, de forma alguma, pode ser considerada alternativa à solução do déficit habitacional. Trata-se de ato contrário à lei e que provoca instabilidade e insegurança àqueles que agem conforme as legislações vigentes.


N.A.B. - Reconhecer a legitimidade da ação do Pinheirinho é anular todas as coisas que obedecemos para manter um mínimo de civilidade. É anular também conquistas que todos lutam, independente da classe social, em favor de uma ação totalmente irregular e de origem questionável.

Pilares básicos. Invasões de áreas privadas nada mais são do que um completo desrespeito ao estado do direito e à democracia. Esta é caracterizada, entre seus pilares básicos, pela manutenção da imprensa livre e pelo direito de propriedade.


Pinheirinho configurou uma ameaça a todo o sistema político-econômico. E a tentativa de deslegitimar a reintegração de posse é um atentado à saúde das instituições.


N.A.B. - Muitos argumentam que as instituições também devem ser exterminadas ou devem ser menos gananciosas, interesseiras, ladras e outros tantos adjetivos. Contudo não acredito que seja incitando crimes, veja bem CRIMES, que faremos algo para modificar essas instituições.


As nações de sucesso cumprem os princípios do estado de direito, respeitam as hierarquias e os direitos fundamentais. Se o Brasil quer permanecer ente os países mais atrativos para receber investidores externos, com uma economia promissora, precisa garantir o cumprimento dos contratos, dando segurança jurídica a todos.


Violência. Claro que o drama vivido pelas famílias que não tem teto, e que são levadas a invasões por falta de informação e desespero, pode e deve ser compreendido por toda sociedade, e é imprescindível que o poder público, a iniciativa privada e movimentos sociais efetivamente representativos unam forças em prol da moradia digna. Porém, ocupação ilegal não é a forma de acesso à moradia. E, sobretudo, violência não é instrumento de reivindicação social.


Aqueles que entraram em confrontos com a polícia e esconderam seus rostos e identidades não são "cidadãos de bem empenhados na defesa de seus direitos". As famílias que lutam pelo cumprimento desse direito constitucional não têm medo de mostrar a cara, pois sabem que seu anseio é justo.


N.A.B. - Novamente, muitos argumentam que as famílias que fazem essas reivindicações são ricas e não precisariam dessas propriedade; ou são de origem ilícita; ou constrói-se novos argumentos ligados a outros assuntos. Novamente acredito que acima do merecimento ou não dessas famílias, há uma ordem social estabelecida para não haver o caos social (não julgo aqui o mérito se essa ordem é boa ou justa, esse exercício deve e será feito em outro momento porque não se enquadra no assunto aqui relatado que é PROPRIEDADE e CRIME). Essa ordem citada dá o direito de propriedade a alguém e se decidirmos que esse direito pode ser quebrado por qualquer que seja o motivo não previsto nessa ordem social, estamos fadados a viver no caos total.