sábado, 28 de julho de 2012

[3] O Tao de Warren Buffett

"Regra 3: Nunca tenha medo de pedir demais ao vender e oferecer de menos ao comprar."
Warren Buffett



Warren entende que as pessoas se sintam constrangidas quando pedem um preço alto demais ao vender ou oferecem um preço baixo demais ao comprar. Ninguém quer ser visto como ganancioso ou mesquinho. Em termos simples, no mundo dos negócios, a quantia que você obtém com uma venda ou que você tem de pagar ao fazer uma compra determina se você ganha ou perde dinheiro e quão rico acaba se tornando. Uma vez iniciadas as negociações, você pode reduzir o preço de venda ou aumentar o preço de compra. Mas é impossível fazer o contrário.

Warren recusou muitos negócios por não satisfazerem seu critério de preço. Talvez o exemplo mais famoso seja sua compra da ABC à Capital Cities. Warren queria, pelo valor que estava disposto a oferecer, um quinhão maior da empresa do que a Capital Cities estava disposta a conceder – de modo que ele virou as contas e desistiu do negócio. No dia seguinte, a Capital Cities voltou atrás e ofereceu-lhe o que ele queria. Peça e talvez você receba, mas se não pedir...


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 21 de julho de 2012

[77] O Tao de Warren Buffett

"Regra 77: O fato de que as pessoas possuem ganância, medo ou insensatez é previsível. Quando isso vai se manifestar não é previsível."
Warren Buffett


Warrem sabe que, às vezes, os investidores ficam alucinados por uma ação, e seu preço dispara. Ele também sabe que, outras vezes, as pessoas ficam temerosas demais e depreciam muita uma ação. O que ele não sabe é quando isso ocorrerá – ele só sabe que ocorrerá e, quando acontecer, estará de prontidão para tirar vantagem dos preços baixos que o medo e a insensatez provocam. Evite a ganância e deixe o medo e a insensatez criarem a oportunidade. Essa é a conduta do investidor inteligente.

Um grande exemplo disso foi a compra das ações da Well Fargo por Warren durante uma recessão bancária de 1990. Ninguém queria ações de bancos, porque as pessoas temiam que os prejuízos com empréstimos imobiliários irrecuperáveis deixassem os bancos insolventes. Warrem escolheu aquele que sentiu ter a melhor administração e ser forte o bastante para aguentar a tempestade financeira na época. Investiu cerca de US$ 289 milhões na Wells Fargo, e em oito anos o valor tinha mais do que dobrado.


Fonte: “O Tao de Warren Buffett – Como aplicar a sabedoria e os princípios de investimentos do gênio das finanças em sua vida”, editora Sextante, 2007.

sábado, 14 de julho de 2012

Entendendo o vício (2/2)


A terapia pode ser um vício?

Nem todo mundo que procura a terapia realmente deseja lidar com seus verdadeiros sentimentos. O objetivo de algumas pessoas é simplesmente fazer com que seus problemas desapareçam, sem de fato procurar entende-los. 

Quando a terapia é usada desta forma, ela corre o risco de se tornar uma espécie de droga viciadora. A tentativa de evitar sentimentos difíceis conduz ao vício, não a genuína expressão deles.
Jesus acreditava que precisamos confiar em Deus. Para ele, Deus era a fonte suprema de forma e poder para viver a vida. Algumas pessoas religiosas criticam a terapia acreditando que ela nos afasta de Deus. Em geral, quem acha isso tem pouca experiência com a terapia ou tentou usá-la como vício. Descobri que, pelo contrário, as pessoas que se tornam mais maduras e conscientes através da terapia conseguem aprofundar a sua confiança em Deus e nos outros com muito mais liberdade.

Para Jesus, não havia conflito entre confiar em Deus e depender dos outros. Ele dependia dos amigos mais chegados e os estimulava a depender dele de uma maneira que fortalecia a confiança deles em Deus. A nossa capacidade de contar com os outros compartilhando os nossos sentimentos mais íntimos aprofunda a nossa capacidade de ter fé.

Principio Espiritual: “A terapia é um processo de dependência saudável.


Ter necessidade não faz de nós pessoas carentes

Jesus encorajava as pessoas a confiarem nele e a contarem com ele. Ele não encarava a dependência como um problema, mas como algo necessário para uma vida espiritual realizada. Jesus compreendia que os seres humanos precisam depender de Deus e dos outros para sobreviver. Tentar ser totalmente independente significa rejeitar a nossa natureza fundamental. Para Jesus, a nossa capacidade de ser vulneráveis e escolher a nossa dependência é que nos conduz à totalidade. Aqueles que recusam a ser dependentes estão apenas fingindo que têm tudo do que precisam.

Principio Espiritual: “Ter necessidade não nos torna carentes.


Como encontrar a serenidade

Desenvolvemos a capacidade de nos acalmar ao sermos tranquilizados por aqueles que se preocupam conosco. Podem ser os outros, mas podemos ser nós mesmos quando nos fortalecemos emocionalmente. O motivo pelo qual muitas pessoas se voltam para os vícios é o fato de nunca terem tido no passado alguém que as ajudasse a sentir-se seguras, desenvolvendo assim a capacidade de serenar a si mesmas. Elas usam o vício para se acalmar artificialmente ou para evitar o medo.

Jesus sabia como encontrar a serenidade: permanecendo ao lado de Deus. Todos estão em busca de segurança e só podemos encontra-la se nos sentirmos protegidos dos perigos existentes na vida. Onde no universo poderíamos encontrar um lugar mais seguro do que ao lado no nosso Criador? Jesus acreditava que só então poderíamos encontrar a paz de espirito. Para ele, aqueles que encontram a verdadeira serenidade nunca estão sozinhos.

Principio Espiritual: “As pessoas verdadeiramente serenas nunca estão sozinhas.


A cura é o amor

Os viciados amam os ídolos, mas estes não podem retribuir o amor. O vício impede o amor de amadurecer. Quando as pessoas escolhem um objeto como substituto ao amor, o amadurecimento dela é interrompido. Quando os viciados conseguem renunciar ao seu apego aos ídolos e descobrem a alegria de se relacionar com pessoas capazes de amá-las ficam maravilhados. Jesus ensinou que devemos amar e ser amados para amadurecer espiritualmente e que a idolatria do vício impede que isso ocorra.

Jesus acreditava que o amor é a força mais poderosa do universo. Ele ensinou que Deus é amor e que o amor é a força criativa que supera todos os problemas do mundo. O amor é o ponto central dos ensinamentos de Jesus e é o elemento para a cura do coração humano.

Principio Espiritual: “O amor cura.


Por que Deus odeia a idolatria

Jesus conhecia o ensinamento do Antigo Testamento: “Não farás para ti ídolos com a forma de qualquer coisa que exista em cima, nos céus...” (Êxodos 20:4). Ele falou do ciúme de Deus, não no sentido da insegurança por medo de perder o seu valor para outra pessoa. Deus quer proteger o mundo do jeito como o criou e fica indignado diante das tentativas de alterar a ordem natural do universo.

Jesus ensinou que a imagem visível de Deus na Terra não é uma coisa ou um objeto e sim a capacidade criativa de se relacionar. Deus fica indignado com a idolatria porque ela é uma tentativa de substituir a capacidade divina amorosa dentro de nós por uma “coisa”. Ele nos conferiu a capacidade essencial de nos relacionarmos uns com os outros e com ele. Por conseguinte, a imagem de Deus na Terra não é um objeto que um dia degenera e será destruído, mas a capacidade eterna de se relacionar que transcende o tempo.

Principio Espiritual: “Amar os outros é a expressão visível de Deus.



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.