quinta-feira, 20 de maio de 2010

[parte 21] O mundo de Sofia - Descartes

René Descartes nasceu em 1596 e durante toda sua vida viajou muito pela Europa. Suas principais características eram de reconhecer sua total ignorância quanto mais passava a estudar. Também só acreditava no que a razão lhe dizia, ou seja, ele acreditava que somente a razão poderia dar o verdadeiro conhecimento a um homem (igual a Platão).

Descartes foi o criador da filosofia moderna. Após a redescoberta dos pensamentos pelo homem renascentista, Descarte cria o sistema filosófico unindo vários temas tendo o objetivo de responder a todas as questões filosóficas importantes.

A primeira coisa que ele se preocupou foi com aquilo que já sabemos, isto é, a questão em saber se nossos conhecimentos são realmente seguros. A segunda questão que mais lhe ocupou a atenção foi a relação entre o corpo e a alma.

Para conseguir responder com clareza a essas duas questões, Descartes define alguns parâmetros iniciais. Primeiro ele declara que tudo é duvidoso e não terá nada como certo em seu processo investigativo. Segundo, ele declara que todas as questões filosóficas devem ser respondidas através de descrição precisa e exata, como os conceitos matemáticos funcionavam.

Para iniciar, Descartes observa que somos imperfeitos, logo algo perfeito deve existir para que imperfeitos existam, com isso ele prova a existência de um Deus. Uma observação importante é o fato que ele afirma que só o conceito de um Deus (da perfeição) não basta. É obrigatória a existência desse Deus, pois não há como algo perfeito apenas no abstrato criar ou dar forma a coisas perfeitas no mundo real.

Partindo desse início, Descartes prossegue dizendo que todas as noções de realidades exterior que possuímos (como Sol, Lua, Estrelas) pode ser afirmada como algo real e sem distorção porque o Deus perfeito citado não teria o porque de mostrar essas realidades exteriores de forma distorcida ou diferente da realidade verdadeira. Então ele separa tudo em duas formas (ou substância): pensamento (alma) e extensão (matéria).

A alma é a consciência pura, não ocupa lugar no espaço e não pode ser dividida em partes menores. A matéria é só a extensão da alma e pode ser decomposta em partes menores, podendo ser medida, mas não possui consciência. Essas duas partes provem de Deus, pois só Deus existe independente da existência dessas duas partes. Por essas idéias Descartes é chamado de dualista (alma e matéria).

O homem, assim como os animais, possuía os dois elementos e formavam assim máquinas avançadíssimas para Descartes. Ele acreditava também que essa ligação das duas partes era feita por alguma glândula localizada no cérebro e afirmava que a alma detinha o controle total dado que os pensamentos podem existir independentemente do estado do corpo, ou seja, a alma (pensamentos) era independente do corpo embora interagisse com ele a todo o momento, mas o corpo sem a alma não detinha nenhum significado.

Então Alberto chama Sofia para mexer em um microcomputador e mostra um programa que simula uma conversa com dados pré-gravados, ilustrando assim a idéia de Descartes.

De repente, o computador começa a interagir sem que Alberto acione o programa e então a máquina diz ser o Major Albert Knag e irrita profundamente Alberto. O programa deseja feliz aniversário a Hilde e se encerra de repente.

Alberto, mesmo irritado, chama Sofia para continuar a aula...