segunda-feira, 15 de março de 2010

[parte 09] Quem é você quando ninguém está olhando? - O AMOR RADICAL

Começa como um pequeno desentendimento. Depois alguém entende que o insultaram e replica com uma linguagem um tanto sarcástica. O sarcasmo provoca uma reação ríspida, que por sua vez gera uma ameaça, e esta um desafio. Nesse momento, entram em cena o brio (principalmente para o homem) e as intimidações. Ai ocorre a agressão física e pra amas é um pequeno pulo.

Essa simples narrativa resume o principal motivo das desavenças atuais e entra no cerne do assunto abordado pelo autor nesse tópico, o amor radical. O amor radical é o ultimo dos tipos de amores, ou das facetas do amor estudado pelo autor. Aqui ele levanta o amor que quebra o ciclo da hostilidade.

A maioria das coisas de nossa vida passa por uma seqüência de ações para acontecer. Os conflitos com hostilidade não são muito diferente. Como visto no inicio, conseguimos enxergar nitidamente que a narração levará para uma briga e serve para várias situações cotidianas. Transito, colegas de trabalho, amigo, cônjuges, família... Então surge a dúvida, como evitar isso de uma maneira praticável e quanto queremos isso? Fazer tal feito exigirá mudanças radicais em nosso comportamento e teremos que estar bem dispostos a isso.

A primeira maneira de evitar o ciclo da hostilidade é passar a pensar além dos direitos legais. Particularmente acredito que ficamos tão irados não pelo fato de sermos prejudicados, mas de como estamos sendo prejudicados. Se alguém simplesmente fecha você no transito ou fura a fila a sua frente sem dar a entender que tem uma urgência, isso nos enfurece. Mas se por algum modo fica claro que a pessoa precisa fazer isso e que você poderia ajudá-la permitindo tal ação, fica bem mais fácil de assimilar isso e não se aborrecer.

Experimente, da próxima vez que alguém lhe deixar irritado, imaginar o porque a pessoa fez aquilo? Imediatamente virá uma série de conclusões. Então perceba quantas dessas conclusões são apostando que a pessoa é má e quantas são apostando que pessoa não fez por mal ou não percebeu. Se conseguir, opte por pensar na opção mais positiva. Você ficará surpreso como pensamos negativamente e como a vida fica mais fácil quando optamos pelo lado mais positivo. Obvio que existem as exceções, mas então o foco entra na questão se você não vive mais na exceção do que na ação que faz bem a você.

A segunda maneira de evitar o ciclo da hostilidade é fazer além do que mínimo necessário, principalmente nas pequenas coisas do dia a dia. Isso ajuda principalmente nas verdadeiras guerras frias que travamos: separações, desconfiança, alienação, amargura e etc. Isso muitas vezes não está afetando nosso direito por lei, mas pode acabar em algo bem pior. Esse ciclo pode ser evitado se fazemos um pouco a mais do que nosso mínimo. É o famoso e difícil andar mais uma milha. Nosso adversário principal nessa luta nem sempre é a hostilidade, outro agente bem visível é a sociedade e seus conceitos.

Particularmente eu tenho muita dificuldade com isso, mas devo confessar que as vezes que consegui fazer algo assim me senti melhor como pessoa, sem ligar ou contar com os bons frutos que surgiram. Mas que é difícil, é sim e muito.