Dietrich Bonhoeffer, foi um teólogo protestante que, por ter participado num complô para assassinar Hitler, foi preso num campo de concentração e enforcado.
As cartas que escreveu da prisão são um monumento de simplicidade e clarividência teológicas. Numa delas, datada de dezembro de 1943, ele diz o seguinte:
"Estou certo de que devemos amar a Deus nas nossas vidas e nas bênçãos que ele nos envia. Falando francamente, ansiar pelo transcendente quando se está nos braços da pessoa amada é, para colocá-lo de forma delicada, uma falta de gosto e isso NÃO É certamente, aquilo que Deus espera de nós. Devemos encontrar Deus e amá-lo nas bênçãos que ele nos envia. Se ele tem prazer em nos dar uma maravilhosa felicidade terrena, não devemos ser mais religiosos que o próprio Deus."Isso é tão óbvio!
Quando dou um presente para uma das minha netas, o que desejo é ver o seu rosto de felicidade ao ver o presente. Ficarei frustrado se ela, ignorando o presente, ficar me olhando e dizendo: “Como você é bom, como vc é bom”. Eu não quero que ela diga q eu sou bom. Quero mesmo é que ela brinque com o presente (curta-o).
A propósito da falta de gosto em se ansiar pelo transcendente quando se está nos braços da pessoa amada, lembrei-me de que num desses cursos religiosos de preparação para o casamento aconselhava-se os noivos a sempre rezar um “padre-nosso” antes de transar.
As pessoas que muito falam sobre Deus, o tempo todo, são como as crianças que não brincam com o brinquedo e ficam bajulando o avô...
(Um "texto presente" de minha esposa... Achei fantástico...)