sexta-feira, 19 de julho de 2013

Entendendo seus sentimentos (2/2)

O segredo para sobreviver ao sofrimento

Jesus ensinou que a solução para sobreviver ao sofrimento era permanecer ligado a Deus. Se permitirmos que Deus permaneça conosco no sofrimento, por pior que este seja, podemos amadurecer e crescer durante os tempos difíceis. Qualquer coisa é tolerável se não tivermos que suportá-la sozinhos.

Algumas das pessoas mais sábias sofreram muito na vida, mas o mesmo podemos dizer de algumas das pessoas mais amargas que encontramos. Jesus sabia o que o sofrimento dele era uma parte inevitável da sua vida, e enfrentá-lo foi fundamental para a sua missão na Terra.

Jesus demonstrou com sua vida qual é a maneira de sobreviver ao sofrimento. Mesmo nos momentos difíceis, Jesus nunca perdeu a sua ligação com Deus. Ele não tento passar sozinho pelo sofrimento. E é isso que Ele nos ensina.

Principio Espiritual: “O sofrimento é tolerável se não tivermos que suportá-los sozinho.


Por que o sofrimento se torna traumático

Algumas crianças que sofreram circunstâncias extremamente difíceis tornaram-se relativamente equilibradas, ao passo que outras que passaram por um sofrimento muito menor parecem psicologicamente mais prejudicadas. A explicação está na diferença entre dano psicológico e trauma psicológico.

O dano psicológico é aquele que sofremos quando somos atingidos emocionalmente. Isso acontece com todos nós. As pessoas que nos criam podem deixar de satisfazer de maneira significativa algumas de nossas necessidades, e podemos também ser expostos a circunstâncias cruéis, ou agredido por alguém de um modo que nos magoe profundamente.

O trauma psicológico acontece quando ninguém está presente para nos dar apoio e nos ajudar a compreender os danos psicológicos que sofremos. Os danos psicológicos podem causar traumas que nos deixam a impressão de sermos fracos, incompetentes, defeituosos e perseguidos. Um evento doloroso torna-se traumático quando adquire um significado negativo a respeito do que somos. Os eventos traumáticos do passado podem transformar-se em demônios que nos perseguem a vida inteira. Ter a presença de uma pessoa que se mostre receptiva à nossa dor faz toda a diferença do mundo. Jesus sabia que precisamos da ajuda dos outros quando somos magoados para evitar que os demônios voltem a nos ferir ainda mais.

Jesus sabia que todos sofremos danos, mas não temos que viver traumatizados por causa deles. Ele acreditava que, se compartilharmos o fardo das ofensas que recebemos com alguém em quem confiamos, podemos evitar que elas se transformem em traumas. O tempo por si só não é capaz de curar. Se não procuramos ajuda, os demônios do passado ficarão presentes.

Principio Espiritual: “O tempo por si só não é capaz de curar.


Os seres humanos gostam de racionalizar

As agências de publicidades, os políticos, os profissionais da área de venda - todas as pessoas que lidam com a maneira como tomamos decisões - sabem que os impulsos, os desejos e os sentimentos são as verdadeiras motivações por trás do nosso processo de tomada de decisões. Frequentemente pensamos estar sendo objetivos e racionais para emprestar maior credibilidade às nossas conclusões. Mas a verdade é que seguimos o coração nas conclusões a que chegamos, mesmo quando insistimos em negar isso.

Jesus frequentemente seguia a paixão do seu coração, mesmo quando ela não fazia nenhum sentido lógico para aqueles que o cercavam. Quando decidiu escolher um grupo de discípulos para o seu circulo mais chegado de amigos, o seu principal critério não foi a educação e nem mesmo a inteligência. Ele preferiu aqueles capazes de "entender com o coração". Jesus não tentou mudar o mundo com uma nova filosofia ou um melhor conjunto de princípios espirituais que pudessem ser ensinados de modo acadêmico. Ele sabia que o Reino de Deus seria difundido pelo impacto do que as pessoas sentiam no coração.

Principio Espiritual: “Justificamos na mente o que decidimos no coração.



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.