sábado, 13 de julho de 2013

Entendendo seus sentimentos (1/2)

Seja como as crianças, mas não seja infantil

Algumas pessoas relutam em agir de forma emocional porque a consideram uma atitude infantil. No entanto, existe uma diferença entre ser infantil e ser como as crianças. Ser infantil é ser imaturo e recusar-se a assumir a plena responsabilidade pelas próprias ações. Ser como as crianças é assumir responsabilidade e ao mesmo tempo ser capaz de entregar-se às emoções. Jesus atribuía uma grande importância ao fato de sermos como crianças.

Ser infantil exige pouco esforço, mas é preciso força para nos abrirmos às emoções como fazem as crianças. Jesus sempre teve uma noção muito clara dos limites e permaneceu consciente das conseqüências das suas ações, mas tinha coragem de entregar-se às suas emoções. Isso fazia com que as pessoas se sentissem próximas dele, enquanto que seu senso de responsabilidade confiável as fazia sentir-se seguras na sua presença.

Jesus recomendou que as pessoas "se tornassem como crianças" para serem mais abertas e confiantes. Por incrível que pareça, não ter medo de manifestar a própria vulnerabilidade é a forma mais poderosa de viver.

Principio Espiritual: “Os atos infantis afastam, enquanto que as ações próprias das crianças atraem.


O papel dos sentimentos no crescimento

Jesus sempre recebeu bem as crianças. Ele conhecia a importância de ser receptivo à abertura delas. Hoje sabemos que o cérebro humano precisa experimentar a acolhida aos sentimento para poder se desenvolver adequadamente.

Cada vez que uma criança é capaz de identificar m sentimento, como "Eu estou triste" ou "Eu estou feliz", ela desenvolve uma noção mais forte de quem é o "eu" que está tendo o sentimento. A criança aprende que é o seu "eu" que está tendo sentimentos tristes ou alegres e que eles não estão vindo de outra pessoa ou de outro lugar. Os pais que acolhem os sentimentos dos filhos estão na verdade ajudando-os a solidificar uma identidade que os conduzirá através da vida. Ajudar as crianças, e também os adultos, a identificar os seus sentimentos os ajuda a crescer.

O ardente desejo de Jesus de acolher é um modelo psicológico par nós. Ao receber com alegria a espontaneidade emocional das crianças, ele estava estimulando o crescimento delas. A sua capacidade de acolher tornou-se a marca registrada da sua presença benéfica que era mantida por todos que o encontravam.

Principio Espiritual: “A identidade de uma criança forma-se mais no coração que na cabeça.


O papel dos sentimentos na nossa conexão com os outros.

Jesus ensinou que as pessoas espiritualizadas relacionam-se de coração para coração. O entendimento emocional cria um vínculo. Nós nos sentimos aprovados quando os outros concordam intelectualmente conosco, e somos confortados qual eles nos protegem fisicamente, mas só nos sentimos ligados quando compartilhamos com eles experiências emocionais. Os puros de coração têm uma conexão especial com Deus não apenas porque são sinceros, mas também por causa da sua capacidade de saber claramente como se sentem.

Jesus nunca colocou o valor intelectual acima da pureza e coração. Ele sabia que as pessoas estabelecem contato através das emoções e que as nossas divergências mais sérias não são a respeito do que pensamos, mas o resultado de como fomos emocionalmente feridos.

Principio Espiritual: “A intimidade que vem de um coração puro é essencial no relacionamento de um casal.



Texto extraído do livro "Jesus, o maior psicólogo que já existiu", escrito por Mark W. Baker, editora Sextante, 2010.